Por Raquel de Godoy Retz Em Igreja

Cultura de paz

Eu sou uma pessoa de paz? Esta pergunta passa na cabeça de muitas pessoas, quando ouvimos sobre o tema da “Cultura de paz”.

cultura de paz

Para responder, de forma coerente, a esta pergunta precisamos entender o que é ser uma pessoa que efetivamente acredita na paz por ela. Não podemos confundir a construção de uma cultura de paz, sermos defensores de espaços e comportamento que traduzam a paz como grande valor na vida com ser passivo ou evitar discussões, ou mesmo ser resignado a suportar brigas, sem se envolver.

Ser passivo é diferente de ser pacífico. A construção da paz exige ação de transformação de nós mesmos e da sociedade, em que vivemos. Esta proposta não combina com comportamentos passivos diante de tudo que acontece, mas precisa de pessoas ativas em desenvolver efetivamente uma cultura diferente da que encontramos hoje.

 

A construção da paz exige ação de transformação de nós mesmo e da sociedade em que vivemos.

Somos bombardeados por meios de comunicação, que mais falam de violência do que de qualquer outro assunto e, além disso, nos deparamos com filmes, jogos, brinquedos, slogans de publicidade, que apresentam comportamentos e formas de relação humana carregados de violência.

Refiro-me aqui não à violência física, mas sobretudo à violência que aparece velada, escondida, como a violência social da discriminação, a violência doméstica, religiosa, psicológica, familiar e até a violência internalizada em cada pessoa.

Pequenos gestos de uma pessoa como: a forma de cumprimentar um outro, na rua, o modo de dirigir, no trânsito, maneiras de brincar dentro de casa entre irmãos ou entre pais e filhos, expressões faciais ao ver uma criança de rua se aproximar, comentários irônicos ou maldosos sobre outras pessoas, são aspectos para serem analisados, que nos ajudam a responder à pergunta inicial deste artigo.

A construção de uma cultura de paz, como proposta ampla, passa por um esforço pessoal de, no dia a dia, todos os nossos sentimentos, pensamentos e nossas ações sejam carregados de amor e contracenem com qualquer tipo de violência. O diálogo, as relações de igualdade entre as pessoas, o compartilhamento de ideias, a busca de compreensão do ponto de vista do outro, a gentileza nas relações, a aceitação da pluralidade de conceitos, são as características desta cultura.

O esforço de cada pessoa é importante, mas não é suficiente. É necessário pensar e agir sobre a sociedade, com projetos de justiça, de igualdade de direitos, de possibilidades sociais, políticas e econômicas, de vida digna.

A cultura de paz não é somente um processo que as escolas devem estimular (apesar de que as escolas precisam se empenhar muitíssimo para isso), mas cada pessoa, cada família, cada comunidade deveria empenhar seus esforços para o desenvolvimento deste projeto: um mundo com cultura de paz.

Assinatura Raquel de Godoy Retz

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