Não só no mês de junho em que o comércio promove o “dia dos namorados”, mas este assunto está sempre presente nas mídias com cenas de beijos e carinhos ou mesmo com traições ou cenas de ciúmes.
Namoro é uma etapa saudável de conhecimento recíproco de outra pessoa com a qual se deseja firmar relacionamento mais sério e duradouro. É uma etapa significativamente importante na construção da vida adulta, tanto para conhecer o outro, como para se conhecer e se desenvolver na vida afetiva.
Considerando o desenvolvimento psico-biológico, bem como a influência da sociedade, hoje, percebe-se que adolescentes com média de 12 / 13 anos despertam para este assunto. Pesquisas indicam que, precocemente, crianças de 10 anos já falam de namoro e outros, tardiamente, com 15 anos orientam a atenção para este relacionamento.
O que provoca a atenção são as estimulações precoces, de forma que crianças de menos de 3 anos já falam em namoro como adultos em miniatura.
As crianças brincam de ser adultos e assim aprendem a crescer. Sabemos que os pequenos brincam de dirigir carros, de ir trabalhar, brincam com os papeis sociais de mãe e pai, bem como podem brincar de namorar, sendo sempre um momento específico do brincar, carregado de fantasias.
Desta forma, encontramos, no mundo infantil, crianças brincando com este assunto, e isso passará com o tempo, como passam as diversas escolhas profissionais que se imaginam.
Diversas vezes se chama de “bonitinho” ou “engraçadinho”, crianças pequenas que “namoram” e até trocam abraços, com o pretexto de ser futuros namorados. Crianças são estimuladas a posarem para fotos, abraçando amiguinhos e assim nomeados como namoradinhos. Estas brincadeiras podem ser desagradáveis para as crianças e há crianças que pegam birra e até se negam a ficar perto da outra criança, que adultos apontam como o namoradinho. Isso não ajuda no desenvolvimento afetivo saudável.
Então, como agir quando a criança fala que está namorando e tem só 4 anos? Como agir quando a menina diz que é a namorada do papai?
Sabe-se que as crianças falam sobre namoro, porque ouvem isso em casa, na televisão e imitam o modo como os adultos agem. É preciso proceder com naturalidade, sem dar muita importância ao assunto, que geralmente acaba nos minutos do brincar. Não estimular brincadeiras fora da idade é o melhor que o adulto deve fazer. Não tecer comentários, não recriminar, não insistir no tema, são boas formas de acabar com o foco de atenção.
Que os adultos digam que esta brincadeira não é para crianças e que namoro é “coisa” de adulto. Sobre namorar os pais, pode ser somente uma demonstração de carinho, mas a resposta, afirmando que a namorada do papai é a mamãe e vice e versa ajuda no desenvolvimento afetivo, esclarecendo o verdadeiro papel de filho e de pais, e estimulando o sentimento filial nas crianças.
Para os adultos que cuidam de seus pequenos e os amam, vale cuidar de garantir o espaço de brincar, assegurar a criatividade em diversas brincadeiras e, sobretudo, deixar que a criança aprenda o valor de cultivar muitos e muitos amigos, pois a variedade dos relacionamentos ajuda a conviver com “o diferente”.
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