Por Pe. Leo Pessini (in memoriam) Em Igreja

Sobre a longevidade humana … (I)

Num relance histórico, vamos perceber que a vida do ser humano durava muito pouco ha dois mil nos, no inicio da era crista. Segundo dados demográficos, naquele momento o ser humano vivia em media em torno de 25-28 anos tão somente.

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Guerras doenças epidêmicas, catástrofes da natureza e desconhecimento de como prevenir doenças endêmicas e pestes são as razoes maiores para se viver tão pouco tempo. Quando chegamos ao ano 1900, isto é dezenove séculos mais tarde, a esperança media de vida do ser humano na face da terra, aumentou para aproximadamente 43-46 anos em media.

Isto significa que demoramos mil e novecentos anos para duplicarmos o tempo de vida. O extraordinário nesta historia da evolução do tempo de vida do ser humano é que em menos de um século, tomando-se como referencia este inicio do século XXI, e olhando o o século XX, não obstante todas as barbaridades, catástrofes naturais, e ainda a existência de epidemias, a gripe espanhola por exemplo que dizimou um terço da população da Europa em 1917 e guerras que ceifaram milhões de vidas, a esperança de vida do ser humano aumentou 20 anos em media, chegando aos 60-65 anos, como media mundial.  

Isto significa que em menos de um século nos acrescentamos mais 20 anos de vida, enquanto que antes demoramos nada mais nada menos que 1900 anos, ou seja XIX séculos! Evidente que a evolução do conhecimento em saúde pública, prevenção das doenças, o surgimento dos antibióticos, melhora das condições de vida, são fatores chave nesta revolução que ocorreu em termos de conquista de tempo de vida humana.

A expectativa de vida no Brasil aumentou 17,9% entre 1980 e 2013, passando de 62,7 para 73,9 anos, um aumento real de 11,2 anos, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) da ONU. Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2012, a expectativa de vida ao nascer no Brasil passou para 74,6 anos.

A taxa apresenta um pequeno aumento em relação a 2011, quando a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos. Mas, se comparada há dez anos, a expectativa de vida do brasileiro aumentou mais de três anos. Em 2002, era de 71 anos. De acordo com o IBGE, em 2012 houve um acréscimo de 5 meses e 12 dias em relação ao valor estimado para 2011.

Para a população masculina, o aumento foi de 4 meses e 10 dias, passando de 70,6 anos para 71 anos. Já para as mulheres, a esperança de vida ao nascer era de 77,7 anos em 2011 e passou para 78,3 anos em 2012, aumento de 6 meses e 25 dias.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), publicou recentemente um importante informe sobre as estatísticas da saúde no mundo, intitulado: “Estatística sanitárias mundiais – 2014”. Apresentamos alguns dados mais significativos deste panorama mundial de esperança de vida da humanidade, que melhorou sensivelmente nas ultimas décadas. Uma criança nascida em 2012 tem como esperança media de vida de 72,7 se for mulher, e 68,1 anos se for homem. Isto significa seis anos a mais que a media mundial da esperança de vida para os que nasceram em 1990.

Os maiores avanços ocorreram nos países de baixa renda, em que a media da esperança de vida aumentou nove (9) anos entre 1990 e 2012, mais precisamente de 51,2 a 60,2 anos para os homens e 54,0 a 63,1 anos para as mulheres.

Um fator importante que ajudou para aumentar a esperança de vida nos países de baixa renda, foi a redução da mortalidade infantil, bem como a redução das mortes por doenças infecciosas em adultos. Os seis países que apesentaram os maiores avanços em relação a esperança de vida de sua população foram, Libéria (19,7 anos), Etiópia, Maldivas, Camboja, Timor-leste e Ruanda.

As estatísticas enquanto nos revelam que muitas vidas estão sendo perdidas, no entanto quando projetadas em termos de futuro temos a esperança de que muito mais vidas poderão seguramente ser salvas da chamada “morte antes do tempo”!

Assinatura Pe Leo Pessini

Escrito por
Pe. Léo Pessini Currículo - Aquivo Pessoal (Arquivo Pessoal)
Pe. Leo Pessini (in memoriam)

Professor, Pós doutorado em Bioética no Instituto de Bioética James Drane, da Universidade de Edinboro, Pensilvânia, USA, 2013-2014. Conferencista internacional com inúmeras obras publicadas no Brasil e no exterior. É religioso camiliano e atual Superior Geral dos Camilianos.

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