Sem sombra de dúvida o momento histórico que estamos vivendo apresenta desafios gigantescos para o chamado desenvolvimento sustentável. Não é difícil perceber que ainda bilhões de pessoas continuam a viver na pobreza e a elas é negada uma vida digna. As desigualdades dentro dos e entre os países estão crescendo ao invés de diminuir. Existem disparidades gritantes de oportunidades, riqueza e poder.
A desigualdade entre homem e mulher continua a ser uma desfio fundamental. Em muitas partes do mundo a mulher ainda é tratado como se fosse uma escrava, ou coisa e propriedade do homem.
O desemprego, particularmente entre os jovens, é uma grande preocupação. Ameaças globais de saúde, desastres naturais mais
frequentes e intenso, conflitos em ascensão, o extremismo violento, o terrorismo e as crises humanitárias relacionadas e o deslocamento forçado (migrantes) de pessoas ameaçam reverter grande parte do progresso do desenvolvimento conquistado nas últimas décadas.
O esgotamento dos recursos naturais e os impactos negativos da degradação ambiental, incluindo a desertificação, secas, a degradação dos solos, a escassez de água doce e a perda de biodiversidade acrescentam e exacerbam a lista de desafios que a humanidade enfrenta.
A mudança climática é um dos maiores desafios do nosso tempo e seus efeitos negativos minam a capacidade de todos os países de alcançar o desenvolvimento sustentável. Os aumentos na temperatura global, o aumento do nível do mar, a acidificação dos oceanos e outros impactos das mudanças climáticas estão afetando seriamente as zonas costeiras e os países litorâneos de baixa altitude, incluindo os menos desenvolvidos e os pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
Deseja-se construir um futuro melhor, e certamente o mundo será uma lugar melhor para todos em 2030, se alcançarmos os nossos objetivos
Com este terrível diagnóstico, a conclusão não poderia ser diferente desta: “a sobrevivência de muitas sociedades, bem como dos sistemas biológicos do planeta, está em risco”. Estamos chegando numa situação de emergência crítica e temos que tomar ações “com urgência”, se pensamos, não somente nas gerações presentes, mas também desejamos garantir vida digna para as “futuras gerações”, como aponta a agenda. Esta agenda para uma ação global da humanidade para os próximos quinze anos é “uma carta para as pessoas e o planeta no século XXI” (no. 50). Deseja-se construir um futuro melhor, e certamente o mundo será uma lugar melhor para todos em 2030, se alcançarmos os nossos objetivos”, afirma a ONU neste documento.
Este momento não deixa de ser também uma grande oportunidade. Não há como negar que houve progresso em relação em ao cumprimento de muitos desafios do Desenvolvimento dos Objetivos do Milênio. Centenas de milhões de pessoas emergiram da pobreza extrema. O acesso à educação aumentou, tanto para meninos quanto para meninas. A disseminação da informação e das tecnologias da comunicação e interconectividade global tem potencial para eliminar o fosso digital e contribuir para o desenvolvimento de sociedades do conhecimento. Bem como para a invocação científica e tecnológica em áreas vitais para a vida no planeta, como a medicina e energia.
Não podemos esquecer de nossa responsabilidade, individual, institucional, nacional e internacional nesta hora crítica, pois “podemos ser a primeira geração a ter sucesso em acabar com a pobreza; assim como também sermos ser a última a ter uma chance de salvar o planeta”. (No. 50). “(continua).
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