Aids: o cuidado com a vida

Segundo relatório das Nações Unidas, o número de infectados pelo vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV, diminuiu no mundo. Até este ano, a estimativa é de que 36 milhões de pessoas em todo o planeta sejam portadoras do vírus e, destes, 15 milhões têm acompanhamento médico regular.

Mas, diferentemente da queda registrada no restante do mundo, no Brasil o número de novos casos aumentou. Na avaliação do governo, o país que foi um dos pioneiros no combate à expansão da doença, tem agora uma geração que não conheceu a epidemia na década de 1980 e que, por isso, parece ter se descuidado na prevenção.

A ciência ainda não apresentou nenhum medicamento seguro que consiga combater definitivamente o vírus HIV, nem mesmo uma vacina contra a infecção. Por isso, as metas para o combate à doença são ousadas: até 2020, o Brasil pretende atingir a meta 90-90-90, que consiste em ter 90% das pessoas com HIV diagnosticadas; destes, 90% seguindo o tratamento; e destes, 90% com carga viral indetectável.

A Igreja não está indiferente a esta realidade: antes na Pastoral da Saúde, e desde o ano de 2001, com a Pastoral da Aids. Este grupo atua tanto na prevenção como na assistência aos portadores do vírus e suas famílias. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em 2006, assumiu em suas diretrizes gerais esta missão, que se destaca pela conscientização dos valores evangélicos e pela presença misericordiosa, para promover a vida como bem maior.

Por isso, a Pastoral da Aids promove a capacitação dos agentes de pastoral; o trabalho de conscientização e combate ao preconceito e discriminação; e também apoio ao diagnóstico precoce, que pode garantir um tratamento mais eficaz e qualidade de vida ao portador do HIV.

É importante que este trabalho possa crescer cada vez mais em nossas dioceses e paróquias. Para saber mais, acesse pastoralaids.org.br

Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R., é missionário redentorista, jornalista e diretor de conteúdo da Rede Pai Eterno de Comunicação