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Dia Mundial das Comunicações Sociais é comemorado com mensagem do Papa

Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor é o tema da mensagem para o 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais. O evento foi celebrado neste 17 de maio, domingo que antecede Pentecostes. E como em todos os anos o Papa Francisco lança uma mensagem.

 

Para o Pontífice, o tema da família encontra-se no centro de uma profunda reflexão eclesial e de um processo sinodal que prevê dois Sínodos, um extraordinário e outro ordinário convocado para o próximo mês de outubro. Francisco considerou o momento como oportuno para que o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais tivesse como ponto de referência a família.

 

“A família é o primeiro lugar onde aprendemos a comunicar. Voltar a este momento originário pode-nos ajudar quer a tornar mais autêntica e humana a comunicação, quer a ver a família dum novo ponto de vista”, disse o Papa na mensagem.

Foto de: Reprodução / L'osservatore Romano

Papa Francisco_2 - Reprodução L'osservatore Romano

Papa Francisco envia mensagem para o 49º Dia Mundial
das Comunicações Sociais

Simultânea ao advento da internet, a comunicação dentro da família vem tomando rumos que merecem atenção. Na opinião do missionário redentorista e diretor-executivo do Portal A12, padre José Luís Queimado, uma comunicação que possa atingir as famílias nos dias de hoje é o convite à reflexão profunda sobre a realidade em que nos encontramos. E todas as mídias, não só as católicas, deveriam se unir nessa empreitada de oferecer subsídios para a família refletir sobre a importância do diálogo”, opina.

Dentro desse contexto, de que maneira pode-se relacionar todo o trabalho dos meios de comunicação realizado em Aparecida com a mensagem do Papa? Pois bem, por aqui a importância desse diálogo comentado por padre Queimado é valorizada diariamente dentro de todas as mídias possíveis, ou seja, por meio dos veículos de comunicação impressos, como o Jornal Santuário de Aparecida e a Revista de Aparecida, pelo rádio, com a Rede Católica de Rádio (RCR) e a Rádio Aparecida, pela TV, com a cuidadosa programação da TV Aparecida, ou pela internet e o Portal A12. Também consegue-se transmitir e fomentar tudo isso chegando em outros territórios se levarmos em consideração todo o conteúdo feito por aqui que é compartilhado com toda a imprensa associada à Signis Brasil.

Na palavra do Santo Padre está na família, sobretudo, a capacidade de se abraçar, apoiar, acompanhar, decifrar olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram e todavia são tão importantes uma para a outra. É acima tudo essa capacidade que nos faz compreender o que é verdadeiramente a comunicação enquanto descoberta e construção de proximidade.

Foto de: Divulgação

Pe. Evaldo - Divulgação

Padre Evaldo: "Como mensageiros
de Jesus Cristo, acreditamos que
a comunicação  que fazemos
atingirá a família de modo positivo"

Na avaliação do diretor de programação da TV Aparecida, padre Josafá de Jesus Moraes, quando o Papa relaciona família e comunicação, é quase um convite e uma missão para que quem trabalha com a comunicação possa fazer um projeto, ou seja, possa ter uma dedicação especial para editoria da família. “O Papa entende que a comunicação também deve amparar as famílias. No que diz respeito a TV Aparecida, ela é uma TV que tem uma programação para a família. Uma programação que todos podem assistir. Existem canais que nem toda família assiste. A TV Aparecida é assim desde a sua concepção. Atinge as crianças, quando tem os desenhos, os musicais, mais direcionados aos jovens, para quem é mais animado e divertido, os programas de entretenimento, programa de culinária, artesanato, de conteúdo, de reflexão e orientação para os mais adultos e os programas para as pessoas da terceira idade, como, o Dedo de Prosa. Quando atingimos todas as faixas etárias atingimos a família como um todo. A família é uma diversidade”, afirma o padre. 

É exatamente ao falar dessa diversidade que o Papa também mostra que, mesmo depois de termos chegado ao mundo, em certo sentido permanecemos numa espécie de ventre, que é a família. “Um ventre feito de pessoas diferentes, inter-relacionando-se: a família é o espaço onde se aprende a conviver na diferença”, disse na mensagem.

A diferença que Francisco aborda, em primeiro lugar, é a diferença dos gêneros e das gerações, que comunicam, antes de mais nada, acolhendo-se mutuamente, porque existe um vínculo entre elas. E quanto mais amplo for o leque dessas relações, tanto mais diversas são as idades e mais rico é o nosso ambiente de vida. “O vínculo está na base da palavra, e essa, por sua vez, revigora o vínculo. Nós não inventamos as palavras: podemos usá-las, porque as recebemos. É em família que se aprende a falar na língua materna, ou seja, a língua dos nossos antepassados (cf. 2 Mac 7,21.27). Em família, apercebemo-nos de que outros nos precederam, colocaram-nos em condições de poder existir e, por nossa vez, gerar vida e fazer algo de bom e belo. Podemos dar, porque recebemos; e este circuito virtuoso está no coração da capacidade da família de ser comunicada e de comunicar; e, mais em geral, é o paradigma de toda a comunicação”, disse o Papa.

Na opinião do diretor da Rádio Aparecida, padre William Betônio, o Papa entende que a família é esse lugar adequado para se viver e partilhar o amor. “A Rádio Aparecida, que trabalha há 64 anos, tem essa preocupação de colaborar com a boa educação religiosa e social das famílias.” Ele aponta que a evangelização é um processo abrangente e que vai além dos conteúdos explicitamente religiosos. Para ele é possível evangelizar também através da informação de qualidade, da notícia dada de maneira coerente, do entretenimento sadio.

Foto de: Nome do fotógrafo

Pe. Josafá - Divulgação

Padre Josafá: "Não podemos
negligenciar as mudanças.
Temos de enfrentar"

Já o diretor de produção da TV Aparecida, padre Evaldo César de Souza, acredita que passamos por um momento muito interessante no que se refere a comunicação. “Estão nos faltando novas ideias, que construam, e não conteúdos apelativos, que insistem em ocupar espaço em nossa vida. Vejo que há uma saturação, as pessoas buscam no passado o que assistir, há muita futilidade sendo feita. Nesse sentido, os meios católicos podem ser alternativa para propostas mais concretas, coerentes, construtivas, ainda que enfrentem dificuldades de ordem financeira e até mesmo dificuldades de acompanhar as inovações tecnológicas. A família está diante dos meios de comunicação, especialmente da televisão, ou seja, aquilo que é transmitido entra em nossas casas. A TV é uma janela e, se abrimos essa janela, deixamos entrar em casa valores e ideias”, exemplifica o padre.

Família é escola da comunicação

Francisco também reflete em sua mensagem que num mundo onde frequentemente se amaldiçoa, insulta, semeia discórdia, polui com as murmurações o nosso ambiente humano, a família pode ser uma escola de comunicação feita de bênção. “E isto, mesmo nos lugares onde parecem prevalecer como inevitáveis o ódio e a violência, quando as famílias estão separadas entre si por muros de pedras ou pelos muros mais impenetráveis do preconceito e do ressentimento, quando parece haver boas razões para dizer ‘agora basta’; na realidade, abençoar em vez de amaldiçoar, visitar em vez de repelir, acolher em vez de combater é a única forma de quebrar a espiral do mal, para testemunhar que o bem é sempre possível, para educar os filhos na fraternidade.”

 

Ele segue com a reflexão de que os meios mais modernos de hoje, irrenunciáveis sobretudo para os mais jovens, tanto podem dificultar como ajudar a comunicação em família e entre as famílias. “Podem-na dificultar, se se tornam uma forma de se subtrair à escuta, de se isolar apesar da presença física, de saturar todo o momento de silêncio e de espera, ignorando que ‘o silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras ricas de conteúdo e podem-na favorecer se ajudam a narrar e compartilhar, a permanecer em contato com os de longe, a agradecer e pedir perdão, a tornar possível sem cessar o encontro. Descobrindo diariamente este centro vital que é o encontro, este ‘início vivo’, saberemos orientar o nosso relacionamento com as tecnologias, em vez de nos deixarmos arrastar por elas”, afirma. 

 

Dentro desse contexto, os meios de comunicação católicos também têm um papel fundamental de ajuda. Na avaliação de padre William, o ser humano é um ser de comunicação, mas meios não podem se tornar obstáculos para o encontro familiar. “Temos de saber tirar proveito desses meios para facilitar a vida e os relacionamentos familiares”, completa. 

 

Foto de: Marcelo Inomata

JS - Marcelo Inomata

Equipe de redatores do Jornal Santuário de Aparecida

Com o objetivo de aproximar as pessoas, o acesso à Internet trouxe, também, a superficialidade das relações humanas. É quase unanimidade encontrar em bares, restaurantes, reuniões, a conversa solta nos smartphones e pouca comunicação entre presentes. “O excesso de informações contidas na Web também traz riscos à formação intelectual dos internautas. As informações podem ser absorvidas sem critério nenhum, formando uma geração inteira na base do Google. Portanto, trabalhar no mundo digital é desafiador”, ressalta padre José Luís Queimado. 

Percebendo a necessidade de se aproximar desse mundo indomável da Internet, o Santuário Nacional, a Fundação Nossa Senhora Aparecida e a Província Redentorista de São Paulo desenvolveram também o Portal A12, um endereço único na Internet que contém todos os conteúdos produzidos pelas três mantenedoras citadas acima. “Acreditamos que prover conteúdo de qualidade para os internautas, devotos de Nossa Senhora Aparecida em sua maioria, é dever desse Portal de Internet. E queremos nos aproximar cada vez mais da proposta do Papa Francisco para o 49º Dia Mundial das Comunicações: que os valores familiares sejam comunicados pela realidade on-line, oferecendo subsídios de reflexão, valores cristãos e humanos e que a família jamais perca este dom de ser ambiente do encontro na gratuidade do amor”, reflete padre Queimado.

Foto de: Divulgação

A12 - Divulgação

Redação do Portal A12

De acordo com o padre, a imprensa católica tem aprendido a usar as diversas plataformas midiáticas para evangelizar. “Ainda é muito jovem nessa empreitada, mas já deu passos significativos na história da comunicação brasileira. Hoje, a imprensa católica se destaca entre as grandes mídias impressas, radiofônicas, televisivas e on-line. Com o intuito de evangelizar, a imprensa católica não se omite diante dos temas políticos, morais e religiosos da sociedade brasileira”, lembra.

Foto de: Arquivo Pessoal

Rádio Aparecida - Arquivo Pessoal

Padre William: "O Papa entende que a família é esse
lugar adequado para se viver e partilhar o amor.
a Rádio Aparecida tem essa preocupação de colaborar
com a boa educação religiosa e social das famílias, por
meio de conteúdos que valorizam a dignidade humana
e social"

Ele também ressalta que fazer jornalismo pela Internet é oferecer aos internautas, de maneira especial ao público-alvo, a oportunidade de reflexão sobre cada matéria publicada, o que está em falta no mercado midiático. 

Padre Josafá também acrescenta que o fato de Aparecida estar em todas as mídias, ou seja, jornal, revista, rádio, televisão e internet, representa um grande avanço. “É necessário que a Igreja ocupe um espaço na sociedade e se faça presente. Eu digo que o avanço de outras religiões, por exemplo, advém de algum momento em que a Igreja não se fez presente, não respondeu aquilo que as pessoas queriam. Tem de ocupar os espaços, seja em redes sociais, rádio, TV, impresso, jornais. Onde estiver a comunicação, é dever de Aparecida e da Igreja corresponder e se atualizar com todos os meios de comunicação”, finaliza.

 

 

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