Mas, por que mudar?

Em 1900 surgia o Jornal Santuário de Aparecida, um dos primeiros veículos de comunicação católico do Brasil. Numa época em que menos de 10% da população brasileira era alfabetizada, o Jornal Santuário foi uma pioneira e ousada iniciativa dos missionários redentoristas alemães que haviam chegado a Aparecida apenas 6 anos antes. O seu propósito consistia em ser a voz daquele que viria a ser o maior centro de peregrinação religiosa do Brasil e o maior Santuário mariano do mundo.

O semanário registrou eventos marcantes da história da devoção à Nossa Senhora Aparecida, tais como a coroação da Imagem em 1904, a proclamação da Virgem como padroeira do Brasil em 1929, o início da construção da nova Basílica em 1955 e as visitas de três papas: João Paulo II (1980), Bento XVI (2007) e Francisco (2013). O Jornal também noticiou importantes acontecimentos eclesiais como o Concílio Vaticano II, as Conferências do Episcopado Latino Americano, especialmente a conferência de Aparecida, e as Assembleias Gerais da Conferência dos Bispos do Brasil. Além de cumprir sua função como Órgão Oficial do Santuário de Aparecida, replicando e fazendo repercutir sua mensagem aos devotos, o JS nunca se omitiu de formar e conscientizar seus leitores sobre temas sociais e sobre a promoção da justiça.

Por tudo isso, pode-se dizer que este Jornal faz parte da história de nossa pátria, tanto quando a própria devoção à Nossa Senhora Aparecida.

Agora, nestes tempos de grandes e continuas transformações no mundo da comunicação, o Jornal Santuário ousa apresentar-se com uma nova cara, deixando de ter edições semanais para ter uma única edição mensal. Pretende fazer-se mais próximo do dia a dia do povo devoto, levando adiante seu propósito evangelizador. Muitos hão de se perguntar: mas, por que mudar? A estes responderemos: só o que está morto não muda! Sim, o Jornal Santuário continua vivo.

Padre Fábio Evaristo, C.S.s.R

Diretor-Editorial