Liturgia

A Luz brilha para todos!

A Solenidade da Epifania celebra a manifestação do Natal para todas as culturas e nações, pois Cristo veio para salvar toda a humanidade

Escrito por Redação A12

05 JAN 2014 - 08H00 (Atualizada em 06 JAN 2023 - 08H17)

Enquanto no dia 25 de dezembro festejávamos seu glorioso nascimento, agora celebramos sua divulgação e conhecimento. Tem um marcado sentido missionário, pois embora Cristo tenha nascido, muitos milhões de pessoas ainda não tomaram consciência deste acontecimento central e  singular para a história humana. Leia MaisConheça a bênção da Epifania para as famílias e casas

A devoção popular tem associado esta festa à caminhada e experiência dos sábios de Oriente, mais conhecidos por Santos Reis. De veras, embora o Evangelho de Mateus não se refira à realeza destes personagens nem ao seu número, eles representam a todas as idades, culturas e etnias humanas, pelo menos as que faziam parte do mundo mediterrâneo. Os nomes também surgiram de documentos e tradições extra bíblicas: Gaspar (o mais velho, representa os povos da Europa, oferece ouro), Melchior (o de idade média, semita, oferece a mirra) e Baltazar (o mais jovem, etíope, oferece o incenso).

Os presentes identificam a pessoa teândrica de Jesus ( humano-divina), e sua missão: o ouro sua realeza, a mirra seu sacrifício redentor e o incenso sua natureza divina. Mas eles representam também a busca de transcendência e de amor infinito de cada ser humano, que no seu percalço procura encontrar o verdadeiro Deus, que sacia todo desejo de verdade, amor e beleza que estão inscritos no mais profundo da nossa alma.

Eles foram orientados pela Estrela-guia, que, segundo São Gregório Magno, exemplifica o chamado da fé, que precisa sempre ser confirmada pela Palavra de Deus, como fizeram encontrando-se com os doutores da lei, para conhecer as profecias messiânicas.

Acolhendo a mensagem do profeta Miquéias, foram ao encontro do Menino Jesus em Belém. Ao vê-lo o adoraram, entregando seus presentes, reconhecendo na criança divina o esperado das nações. Todo seu caminho expressa o itinerário adulto da fé, a experiência da conversão cristã. Por isso, termina o Evangelho de Mateus dizendo que eles voltaram por outro caminho, a via do amor-doação, da humildade e da justiça, renunciando e evitando o poder do anti-Reino de Herodes.

Que como estes sábios de Oriente, sigamos fielmente a nossa vocação cristã, tornando-nos alegres e ardorosos missionários do amor, da paz, e da fraternidade que Jesus veio trazer a humanidade. Deus seja louvado!  

Dom Roberto Francisco Ferreira Paz
Bispo Diocesano de Campos (RJ)
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