Por Redação A12 Em Santo Padre

Primeiro livro do papa Francisco será lançado nesta terça-feira (12)

O primeiro livro-entrevista do Papa Francisco vai ser publicado nesta terça-feira (12), em 86 países, com o título ‘O nome de Deus é Misericórdia’, reforçando as posições do Pontífice sobre a necessidade de uma Igreja de “portas abertas”.

 

 

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Capa do primeiro livro do papa Francisco

“A Igreja não está no mundo para condenar, mas para permitir o encontro com o amor visceral que é a misericórdia de Deus”, refere o Papa, na entrevista ao vaticanista italiano Andrea Tornielli.

Em um dos trechos da obra, divulgado pela Rádio Vaticano, Francisco diz que também o Papa é alguém com “necessidade da misericórdia de Deus” e revela ter uma “relação especial” com os presos.

“Cada vez que passo a porta de uma cadeia para uma celebração ou para uma visita, surge-me sempre este pensamento: porque eles e não eu?”, explica, acrescentando que não se sente “melhor” do que aqueles que estão à sua frente.

O Papa apresenta a sua visão sobre a missão da Igreja no mundo, sublinhando que quando “condena o pecado” o faz porque “deve dizer a verdade”.

Ao mesmo tempo, no entanto, “abraça o pecador que se reconhece como tal, aproxima-se dele, fala-lhe da misericórdia infinita de Deus”, à imagem de Jesus, que “perdoou mesmo os que o crucificaram”.

“Seguindo o Senhor, a Igreja é chamada a derramar a sua misericórdia sobre todos os que se reconhecem como pecadores, responsáveis pelo mal que fizeram, que sentem necessidade do perdão”, observou.

Em relação ao ano santo extraordinário que convocou o Jubileu da Misericórdia (dezembro de 2015-novembro de 2016), Francisco espera que a iniciativa permita fazer emergir um rosto cada vez mais materno da Igreja.

O Papa convida as comunidades católicas a “sair das igrejas e das paróquias” para ir ao encontro das pessoas, onde elas vivem, “sofrem e esperam”.

“A Igreja em saída tem a caraterística de surgir no local onde se combate, não é a estrutura sólida, dotada de tudo”, mas um “hospital de campanha” no qual se pratica uma “medicina de urgência”.

Nesse sentido, deseja que o jubileu extraordinário “faça emergir cada vez mais o rosto de uma Igreja que redescobre as vísceras maternas da misericórdia e que vai ao encontro de tantos feridos necessitados de escuta, compaixão, perdão, amor”.

Após precisar que o pecado é diferente da “corrupção”, porque nesta não existe qualquer “arrependimento”, Francisco fala da “graça” da vergonha, porque permite ter a consciência das falhas e limites de cada um, diante de Deus.

Segundo a Piemme, responsável pela publicação, 17 editoras em todo o mundo lançarão o livro.

 

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