Dúvidas Religiosas

Como é o contato de uma religiosa com sua família?

Escrito por Ir. Marilda Santos de Souza. O.S.R.

26 AGO 2016 - 07H55 (Atualizada em 14 JUN 2021 - 11H39)

A Bíblia diz: "Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" (Efésios 6:2-3).

Antes de pertencermos a uma família religiosa, ou seja, de sentir-nos chamados ao seguimento com radicalidade aos passos do Mestre Jesus, devemos ter claro que fomos plasmadas por Deus no seio de uma família, amadas e cuidadas para que o primeiro chamado de Deus fosse a grande expressão desse amor, a vida.

Nossos pais foram para nós a expressão do amor e do cuidado de Deus para que pudéssemos existir. Honrar pai e mãe é recorrer ao amor de Deus que se faz carne e mostra Seu rosto na forma mais simples que podemos compreender.

Como somos cuidadas, sentimos um dia a inquietude de aprender a cuidar e a dividir este cuidado com outras pessoas. Como somos amadas, nos colocamos em sentido de humildade para seguir Aquele que durante toda sua vida veio para ensinar o que é amar.

"Partimos, deixando casa, pai, mãe, irmãos, buscando aprender, querendo nos abrir, como Jesus, ... Mas não perdemos nossas origens, e o cuidado com nossos pais".

Partimos, deixando casa, pai, mãe, irmãos, buscando aprender, querendo nos abrir, como Jesus, amar de maneira mais ampla, onde muitos e muitas cabem neste amor, fazendo parte de uma família religiosa que amplia minha família de sangue.

Mas não perdemos nossas origens, e o cuidado com nossos pais. Trago um exemplo pessoal, que me brota do coração todas as vezes que vivo e reflito esta doação a Deus através de minha família religiosa. Meus pais estão idosos, sou filha única, vivo com minha família religiosa, mas busco sempre cuidar dos meus pais. Passo as férias com eles, tempo de expressão maior do amor e de realmente cuidar, acompanhar, escutar. Mas durante o ano estou em contato com eles pelos meios de comunicação que dispomos, para saber se estão bem, como estão de saúde, se foram às consultas, e escutá-los no que estão fazendo, vivendo, tanto nos bons momentos quanto nas dificuldades.

Atualmente a idade vai avançando, as limitações físicas também são maiores e vez por outra como filha sou chamada a estar lá, acompanhar no tempo de internação, de fortalecimento, até que possa retomar as atividades. E não vou só, conto com o apoio e presença de minha comunidade religiosa, com a oração da província e a ajuda de parentes e vizinhos, os parentes próximos tão amigos e caridosos em todos os momentos.

Posso afirmar que a cada dia o coração se expande e aprendemos a amar sem limites!

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