Dez anos atrás, em 2 de abril, milhares rezavam sob a janela do apartamento do Papa João Paulo II na Praça São Pedro. Os mais jovens ainda chamavam “João Paulo, João Paulo”, com os olhos fixos na luz acesa, há dias, no segundo andar do Palácio Apostólico. Nestes últimos momentos, às 21h37, Karol Wojtyla, depois de anos enfrentando uma enfermidade e de uma verdadeira agonia que nos últimos dias lhe havia tirado a voz e a respiração, se despedia do mundo terreno dizendo “Deixem-me partir para a casa do Pai”.
"O mundo viveu com intensidade aquele momento histórico: dos católicos aos agnósticos, ninguém ficou indiferente ao sofrimento final deste Papa".
O mundo viveu com intensidade aquele momento histórico: dos católicos aos agnósticos, ninguém ficou indiferente ao sofrimento final deste Papa que governou a Igreja 27 anos e rodou o planeta.
O Cardeal Leonardo Sandri, então Substituto da Secretaria de Estado, fez o anúncio aos fiéis, que não arredavam o pé da Praça. Naquele momento, entre um silêncio irreal, lágrimas e alguns aplausos para o Papa polonês, a notícia começou a circular pela cidade, ao redor do Vaticano e a partir daí, milhões de pessoas, muitos jovens, chegaram a Roma para a última saudação a Karol Wojtyla.
Há dez anos, Roma foi invadida por uma peregrinação espontânea para se despedir do chamado “Santo Súbito”. Muitos passaram até dez horas na fila para apenas alguns segundos de oração na Basílica. E depois, o funeral, com os mais importantes chefes de Estado da época. Só dos EUA, vieram três Presidentes: George Bush, pai e filho, e Bill Clinton.
No adro da Basílica, uma pequena ONU: o Presidente iraniano Khatami com o Rei Abdalá da Jordânia, o Rei Juan Carlos, Lula do Brasil, Karzai do Afeganistão, os Reis da Síria... e muitos outros.
Mas o povo o quer santo e a beatificação chega em tempo recorde: em primeiro de maio de 2011, foi proclamado beato pelo seu sucessor, Bento XVI. Na história da Igreja, não ocorria há um milênio que um Papa beatificasse seu imediato predecessor.
O resto é história nova: em 27 de abril de 2014, João XXIII e João Paulo II santos, Papa Francisco presidindo e Bento XVI participando. Mais uma cerimônia que passou para a história, a canonização com “quatro papas”.
“Felizes os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia” (Mt 5,7), refletirão os jovens no grande santuário construído em Cracóvia para a JMJ 2016, em memória de João Paulo II.
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