Por Pe. João Batista de Almeida, C.Ss.R. Em Espiritualidade Atualizada em 03 ABR 2019 - 11H55

Eu vim para servir

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Respondendo o pedido da mãe dos apóstolos João e Tiago que colocasse os seus dois filhos assentados um à sua direita e outro à sua esquerda quando estivesse no poder, Jesus lhe disse: “não sabeis o que estais pedindo!” (Mt 20,22).

Humanamente parecia até normal o desejo daquela senhora preocupada com o futuro dos seus filhos que deixaram famílias e profissões para seguir um pregador que fazia milagres e encantava a todos.

Em algumas Instituições “parece” normal que os amigos sejam contemplados com as benesses do poder, mas o mestre é enfático quando se dirige aos outros dez apóstolos e afirma: “Sabeis que os chefes das nações as dominam e que os grandes as tiranizam. Mas entre vós não deve acontecer isso.

 

Quem abraça a fé cristã e a coloca como sustentação de sua vida não pode repetir ações que contradizem os ensinamentos de Jesus.

Ao contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós seja vosso servo” (Mt 20,26-26). Quem abraça a fé cristã e a coloca como sustentação de sua vida não pode repetir ações que contradizem os ensinamentos de Jesus.

Nos seus primeiros capítulos o livro dos Atos dos Apóstolos do Novo Testamento da bíblia nos conta como os cristãos se esforçaram para seguir o que o Galileu pediu: perseveravam na doutrina dos apóstolos; na vida em comunidade; na partilha dos bens materiais; na vida de oração (At 2,42).

Essas quatro atitudes foram e ainda são as colunas mestras de sustentação dos fieis discípulos do Homem de Nazaré. Entretanto, é preciso salientar o elemento presente em todas elas, a perseverança.

Muitos são os que conhecem Jesus e até se apaixonam por Ele, mas não conseguem perseverar no seguimento, assemelham-se àquelas sementes que caíram à beira da estrada ou no meio de espinhos ou por sobre as pedras.

Preocupada com a situação dos ouvintes e não praticantes da Palavra Divina, a Igreja Católica estabeleceu um Calendário Litúrgico durante o qual são celebrados os Mistérios da fé cristã: Encarnação, Paixão, Morte, Ressurreição, etc. de Jesus. Dentre todos merece destaque a Ressurreição porque nela está o fundamento maior do cristianismo, a vitória da Vida sobre a morte.

Por isso, a Páscoa é a maior de todas as festas cristãs e o Calendário Litúrgico católico determina um tempo de 40 dias de preparação para celebrá-la, durante o qual os cristãos procuram realizar exercícios espirituais tais como jejuns, confissões, caminhadas penitenciais, partilha de bens, etc.

No Brasil, a partir de 1964 a CNBB sugere às comunidades, paróquias e dioceses que se unam em oração por uma determinada realidade social que, iluminada pela Palavra de Deus seja promotora de vida e fraternidade.

Assim, várias situações já foram objeto de reflexão e oração para os cristãos brasileiros: trabalho, violência, tráfico de órgãos, economia, etc. Trata-se de uma Campanha que se faz durante os 40 dias de preparação para a grande festa Pascal.

Nesse ano de 2015 os bispos escolheram como tema de reflexão o relacionamento saudável que deve haver entre a Igreja e a Sociedade. Portanto, nas próximas semanas a maioria das comunidades católicas e algumas não católicas no Brasil rezará e refletirá “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. Para melhor iluminar a CNBB propôs uma passagem bíblica na qual Jesus afirma: “Eu vim para servir” (Mc 10,45).

A meta de todo discípulo é imitar o mestre. Ser cristão é colocar-se à serviço, é querer para o outro o mesmo bem estar que deseja pra si, é respeitar a dignidade alheia e trabalhar para que ela esteja acima de qualquer outro valor. É SERVIR.

 

 

REITOR.jpgMissa de posse do novo reitor do Santuário Nacional – Foto: Thiago Leon

 

Pe. João Batista de Almeida, C.S.s.R.

Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida

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