Por Redação A12 Em Espiritualidade

Festa de Nossa Senhora dos Navegantes: 140 anos de fé

Expressivo número de porto-alegrenses se reconhece sob a proteção da Senhora dos Navegantes. 

A devoção do nosso povo “nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas virtudes”. Trata-se de uma rica tradição inaugurada por nossos antepassados e que sustenta a caminhada “de mulheres e homens de boa vontade”.

Nossa Senhora dos Navegantes, Padroeira de Porto Alegre

O reconhecimento público da força da intercessão materna de Maria, generosa cooperadora e serva humilde do Senhor, é expressão de fé e confiança. O povo a ela recorre como “advogada, auxiliadora, socorro, medianeira”. É difusa a compreensão de que “concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-o ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural”.

 

"Sabemo-nos navegantes! Navegamos os mares da vida, na certeza de que o olhar materno da Mãe do Redentor a todos acompanha e intercede. Sob seu olhar e proteção nos sentimos seguros na tempestade e gratos na bonança".

No dia 2 de fevereiro, festa da Senhora dos Navegantes, nosso povo, vindo de longe e de perto, com sol ou chuva, se põe em marcha acompanhando a imagem de Maria. A caminhada é certamente marcada por sincretismo religioso. Entretanto, os distintos credos e as expressões religiosas que participam desse momento singular desejam somente manifestar a confiança comum no poder daquela que é invocada como Senhora dos Navegantes.

Sabemo-nos navegantes! Navegamos os mares da vida, na certeza de que o olhar materno da Mãe do Redentor a todos acompanha e intercede. Sob seu olhar e proteção nos sentimos seguros na tempestade e gratos na bonança.

Neste ano de 2015, em que a Igreja do Brasil, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, nos convida a refletir e rezar a questão da paz, podemos certamente recorrer a uma antiga antífona da tradição cristã, e elevar aos céus nossa prece comum: “Sob a vossa proteção nos refugiamos, Santa Mãe de Deus. Aos nossos pedidos, não fecheis vossos ouvidos. Somos todos tão necessitados. Livrai-nos sempre de todo perigo, Virgem Gloriosa, por Deus abençoada”.

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)

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