Por João Antônio Johas Leão Em Espiritualidade Atualizada em 30 MAI 2022 - 08H50

Santa Joana d'Arc: mulher forte da Igreja

Shutterstock
Shutterstock

Joana d'Arc é uma personagem muito conhecida da história da França. Às vezes bem vista, muitas outras malvista, podemos concordar que ela, pelo menos, é um sinal de contradição do meio em que viveu.

Muitas vezes, sua história foi deturpada por causa de interesses políticos e, até hoje, pode ser difícil discernir o que realmente aconteceu naquela época.

Mas, confiando na Igreja, que a canonizou mais de 300 anos depois de sua morte, podemos meditar sobre como Deus opera maravilhas por meio de suas frágeis criaturas.

Para conhecê-la um pouco melhor, podemos nos apoiar nas palavras de Bento XVI, em uma de suas audiências do ano 2011:

Joana nasce em Domremy, um pequeno povoado situado na fronteira entre a França e a região da Lorena.

Os seus pais são camponeses abastados, conhecidos por todos como cristãos excelentes. Deles recebe uma boa educação religiosa, com uma notável influência da espiritualidade do Nome de Jesus, ensinada por São Bernardino de Sena e propagada na Europa pelos franciscanos.

Ao Nome de Jesus, é sempre unido o Nome de Maria e, assim, por detrás da religiosidade popular, a espiritualidade de Joana é profundamente cristocêntrica e mariana. Desde a infância, ela demonstra uma grande caridade e compaixão pelos mais pobres, pelos doentes e por todos os que sofrem, no contexto dramático da guerra.

Shutterstock
Shutterstock

Apesar de ser uma simples camponesa, de um pequeno povoado, ela terá um papel protagonista na Guerra dos Cem Anos, na qual a França combate com os invasores Ingleses para retomar seu território.

Os pormenores de toda a proeza são muito interessantes e neles podemos ver, uma e outra vez, a Santa respondendo ao chamado de Deus para que ela colabore na libertação do seu povo.

Assim acontece desde que escuta as vozes de São Miguel, até quando é injustamente condenada pela Inquisição e morta na fogueira. Suas respostas perante o Tribunal são lembradas por ser de uma sabedoria muito superior ao esperado por uma simples camponesa.

Seu processo e condenação foi, 20 anos mais tarde, com o Papa Calisto III, considerado nulo e reabilitado. Foi o reconhecimento das irregularidades que se deram no processo.

.:: A conversão de São Paulo 

.:: 6 versículos bíblicos sobre saudade

Santa Joana d´Arc é, muitas vezes, relembrada ao lado de Santa Catarina de Sena, por serem duas personalidades muito fortes que lutaram pela Igreja. Nas palavras de Bento XVI:

“São, talvez, as figuras mais características daquelas 'mulheres fortes' que, no final da Idade Média, propagaram sem medo a grande luz do Evangelho nas complexas vicissitudes da história. Poderíamos compará-las com as santas mulheres que permaneceram no Calvário, perto de Jesus Crucificado e de Maria, sua Mãe, enquanto os Apóstolos fugiram e o próprio Pedro O tinha negado três vezes”.

Que o exemplo dessas mulheres leigas e consagradas virginalmente ao Senhor possa ajudar para que todos os fiéis tomem parte na única missão da Igreja. E que sua vida de fé e de oração seja também um alento para que todos nós busquemos colocar a nossa relação com Deus como o fundamental das nossas vidas.

Escrito por
João Antonio Johas Leão (Arquivo pessoal)
João Antônio Johas Leão

Licenciado em filosofia, mestre em direito e pedagogo em formação. Pós-graduado em antropologia cristã e entusiasta de pensar em que significa ser cristão hoje.

3 Comentários

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por João Antônio Johas Leão, em Espiritualidade

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...