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Por que rezar pelos falecidos?

Padre Evaldo César Souza, C.Ss.R, diretoria da Fundação Nossa Senhora Aparecida (FNSA) (TV Aparecida)

Escrito por Pe. Evaldo César de Souza, C.Ss.R. - Jornal Santuário

26 OUT 2021 - 00H00 (Atualizada em 01 NOV 2023 - 15H58)

Kzenon/ Shutterstock

A Igreja sempre entendeu que tem muito sentido rezar pelos falecidos. E por quê? Porque, em Jesus, confiamos na Ressurreição de nossos corpos. Por isso, enquanto aguardamos o dia final da Redenção, seguimos todos, mortos e vivos, na chamada comunhão dos santos.

No dia de Finados, não festejamos a morte. Celebramos, sim, nossa fé na ressurreição e a esperança do encontro na morada que Jesus nos preparou, no seio amoroso de Deus. A comemoração dos Fiéis Defuntos é uma oportunidade ímpar para agradecer a Deus a existência daqueles que nos precederam e, de certa forma, participaram da construção de nossa própria história.

Leia MaisFinados: uma reflexão sobre o modo como vivemosPapa Francisco rezará por Bento XVI em FinadosNossa fé cristã é no Ressuscitado. Essa certeza de fé elimina de nós toda e qualquer ideia de renascimento ou reencarnação. Somos únicos desde a concepção, durante a vida e após a morte. A razão de nossa fé na Ressurreição é a experiência radical de Jesus.

Ele foi Ressuscitado pelo Pai (At 2, 22s), em uma atitude amorosa, que confirmou toda a obra realizada pelo homem de Nazaré em favor dos mais oprimidos e marginalizados.

O fundamento teológico para nossa compreensão de fé em torno da vida, que começa na morte, está na Ressurreição de Jesus Cristo. É São Paulo que diz: "Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria nossa fé, e nós ainda estaríamos em nossos pecados" (1Cor 15,17).

O gesto mais comum em Finados é a visita ao cemitério, a participação na Eucaristia e as devoções próprias de cada cultura, como acender velas, oferecer flores e enfeitar os túmulos dos falecidos.

Em todos eles, transparece a consciência de que temos nossa finitude e necessidade absoluta de apego ao Divino, para a manutenção da esperança, em glorificação da existência.

Além disso, ao recordar a vida de um ente querido, nós nos deparamos com a realidade da morte em nossa vida e pesamos nossos comportamentos pessoais e sociais.

A presença da limitação e a fraqueza da vida permitem-nos sermos mais humildes na consideração da validade de nossa vida. Nós cremos que nossa vida terrestre é uma preparação para a verdadeira e definitiva vida.

Temos uma única oportunidade de viver no mundo e nos preparar para a eternidade. Façamos dessa experiência única a razão de amor constante a Deus Criador.

Escrito por
Padre Evaldo César Souza, C.Ss.R, diretoria da Fundação Nossa Senhora Aparecida (FNSA) (TV Aparecida)
Pe. Evaldo César de Souza, C.Ss.R. - Jornal Santuário

Jornalista e missionário redentorista

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