Crescendo na Fé

Rosa de Lima: a jovem que trocou o casamento pela vida religiosa

Escrito por Laura Galvão

23 AGO 2017 - 11H46 (Atualizada em 23 AGO 2021 - 10H55)

Todo jovem católico já passou - ou passa - por indecisões em sua vocação, seja na questão religiosa ou até mesmo profissional.

E já que hoje (23) celebramos Santa Rosa de Lima, a padroeira da América Latina, queremos pedir a ajuda dela e aprender com sua história quais os passos para um bom discernimento vocacional.

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Isabel Flores de Oliva nasceu em Lima, capital do Peru, e era filha de uma rica família de espanhóis. Era uma jovem muito bonita. Um dia, uma empregada de sua casa exclamou: Você é linda como uma rosa. Daí nasceu o apelido da moça: Rosa.

Aconteceu que os negócios de seu pai não deram certo e sua família acabou na miséria. Mas, como Rosa era muito bonita, começou a receber inúmeras propostas de casamento, inclusive dos homens mais ricos da região.

Estava aí a chance de ter uma vida mais fácil, voltar a viver na riqueza, junto com toda sua família. Mas ela entendeu que o desejo de seu coração era ser toda consagrada a Deus e viver somente pra Ele.

É sobre essa sua decisão que disse sua célebre frase:

“Aquilo que o mundo me oferece, não é nem uma sombra em relação ao que sinto.” Santa Rosa de Lima, Padroeira da América Latina

Rosa começou então a rezar, pedindo para que Deus lhe mostrasse em qual congregação religiosa deveria ingressar. Foi quando notou que todas as vezes que estava em oração, aparecia em seu quarto uma borboleta preta e branca. Encontrou ali um sinal de Deus.

Entendeu que deveria ingressar na Terceira Ordem Dominicana, a mesma de Santa Cataria de Sena, de quem era muito devota, e que trazia o hábito religioso nas cores preta e branca.

No entanto, ela discerniu que deveria permanecer em sua região, mas lá não havia um convento da ordem. Então, conseguiu licença para emitir seus votos religiosos em casa. Assumiu o nome de Rosa de Santa Maria. Construiu, no quintal de seus pais, seu próprio eremitério. Era uma cela pequena, com uma tábua coberta por um saco de estopa, onde dormia.

Viveu uma vida dedicada à oração e à meditação, além de fazer bordados e outros artesanatos para ajudar na renda financeira de seus pais, e ainda prestava muitos atos de caridade para com os mais pobres e, principalmente, para os índios.

Rosa faleceu aos 31 anos, depois de muito sofrer com uma doença que lhe acometeu. Apesar de todo o sofrimento, ela sempre dizia:

“Senhor, vossa cruz é muito mais cruel do que a minha”.

Dessa história toda, aprendemos dois passos para discernir a vocação:

1- Onde está seu coração? Muitas vezes, achamos que a vocação é uma vontade imposta de Deus, mas a verdade é que Ele nos conhece muito bem e sabe onde poderemos ter uma vida que realmente nos alegre. Por isso, as inquietações e gostos que você traz no seu coração já são sinais do seu chamado vocacional.

2- Pergunte pra Deus! Reze, peça pra Deus te mostrar aonde Ele te chama. Ele responde! Mas é preciso estar atento a todos os sinais que Ele te dá, como, por exemplo, uma simples borboleta, como aconteceu com Rosa.

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