Por Pe. Leandro Luís Em Crescendo na Fé Atualizada em 26 SET 2017 - 15H05

Vida para a Vida: memória de Jesus

"Repito: tendo experimentado a redenção em nossa vida pessoal e comunitária, podemos sair a pregar aos outros o que contemplamos" (Lourenço Kearns CSsR, "Ensaios sobre a Redenção", p. 270).

É desse modo, meus jovens devotos fiéis de Maria Santíssima, que a nossa vivência pode exprimir os frutos que colhemos ao longo do caminho da Fé enquanto buscamos responder o nosso SIM ao projeto do Pai. Trata-se de um redescobrir, de um reinterpretar, assim como de um reorganizar e reviver o que somos em essência: filhos de Deus no Filho Jesus que, ao morrer por nós, deu-nos vida plena! Ele, o Cristo, é Vida para a vida.

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Acostumados às quedas, é urgente o nosso reerguimento e a perseverança de prosseguir no caminho. Acovardados pelo sentimento de incapacidade, pela tormenta causada pelo medo e diante da ausência de ousadia, deixamos de nos encorajar e, envoltos pelos falsos amores, cedemos às práticas de não cuidarmos de nada e de ninguém. E nessa desregra nos incluímos. Corremos o risco grave de não cultivarmos a nossa jovialidade.

Eis o caminho à nossa frente, perpassado pela nossa adesão a Jesus, na companhia do Senhor! Trilhá-lo nem sempre é como desejamos, pois muitas pedras, perdas, decepções, desencontros vivemos no caminho de Igreja, de comunidade cristã, de estudos e de convívio com a família. Contudo, há também flores, ganhos, admirações, descobertas e encontros. Aqui estão as memórias de Jesus em nossa existência!

É o mestre Jesus, sentido de nossa juventude, quem nos guia e nos acalenta nas tormentas da peregrinação ao céu e à santidade! A vida é isto: uma memória e não mera exaltação de egoísticas escolhas que trazem, por si só, consequências penosas.

 

A maior das memórias é celebrar, rezar a vida e viver o que celebramos.

D'Ele brota a confiança, a certeza, a amizade sem rodeios e a coerência em meio às imperfeições de nossa humanidade, pois, afinal de contas, somos um misto de oposições, uma mescla de “ser” e “não ser”, uma obra antiga, aparentemente pronta, porém inacabada, que será concluída na beatífica visão celeste, ou seja, quando nos encontrarmos face a face com Deus.

As memórias nos permitem adentrar nos mais profundos momentos da nossa história. A maior das "anamneses" – este o sinônimo de memória – é celebrar, rezar a vida e viver o que celebramos. Eis o que, sem dúvida, aperfeiçoa o humanamente concebido como "inaperfeiçoável": o OUTRO e EU.

Todos nós estamos num mundo avesso e ao mesmo tempo correto, porém, repleto de possibilidades. A maior delas é optar por tentar nutrir o caos do cotidiano com aquilo que nos fora ensinado uma vez na última ceia: o AMOR.

Este mandamento original, em palavras e ações, nos possibilita realizar o encontro com as felizes "MEMÓRIAS DE UMA VIDA PARA A VIDA", a vida de Cristo que perpassa o tempo, o espaço e permanece presente em nós. É a memória que fazemos todos os dias, em todas as missas, em toda a nossa juventude.


Escrito por
crescendo na fé revista jovens de maria
Pe. Leandro Luís

Padre na Arquidiocese de Pouso Alegre

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