Por Jovens de Maria Em Crescendo na Fé Atualizada em 22 OUT 2020 - 10H00

O que podemos aprender com o Papa?

Como católicos, discípulos da Igreja de Pedro, somos chamados a rezar pelo nosso Papa atual, vigário de Cristo na Terra, o Papa Francisco. Penso que é importante, também, resgatar ensinamentos que o Papa traz para os jovens de hoje.

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Santa Sé
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Um rápido olhar aos jovens de hoje nos revela vários desafios nesta etapa de transição da infância até a vida adulta. Num livro do Padre Anatrella, “O Mundo dos Jovens, Quem são e o que Buscam?”, ele defende a tese de que hoje a juventude se inicia mais cedo, mas por outro lado tem se prolongado, pela tendência dos jovens de só sair da casa paterna ou casar depois de ter alcançado uma maior estabilidade econômica.

Os jovens já não querem crescer, e os adultos aspiram a uma ilusória “regressão” para a juventude. Poderíamos dizer que isto é consequência de um medo diante do futuro. Porém, em muitas coisas os jovens de hoje são iguais aos de antes. Os jovens de hoje muitas vezes crescem sem um ponto de referência - pais ausentes ou frágeis - e, em suas vidas predominam as emoções antes da razão. Esta avaliação é comum também a outros autores, pensadores e teólogos modernos, os quais falam de uma ‘cultura líquida’ na qual prevalecem o relativismo e o individualismo.

Porém, falando da missão dos Papas e das JMJ (Jornada Mundial da Juventude), encontramos uma juventude diferente. Nas últimas edições das JMJ, que eu pude ver e também participar, sempre chamou a minha atenção como se formou um vínculo muito estreito de comunhão entre o Papa e os jovens, e assim, pela graça do Espírito Santo, estes são encontros de muita graça e conversão para os próprios jovens.

A Igreja olha os jovens como Jesus olhou com amor e compromisso o jovem rico, buscando responder aos anseios legítimos de seu coração jovem. Lembremos que a interioridade da juventude é muito rica e se bem alimentada será a chave para a maturidade cristã no presente e no futuro. É por isso que a Igreja, especialmente por meio dos próprios Pontífices, tem proclamado com firmeza, clareza e sem ambiguidades a pessoa do Senhor Jesus e o horizonte de santidade como caminho de realização verdadeira para todos os jovens.

Esta interioridade rica dos jovens muitas vezes se plasma em perguntas existenciais, como “quem sou? Para que fui criado? Para onde vou?” Penso que o que temos que fazer, como Igreja de Cristo, é ajudar a suscitar estas perguntas decisivas. Romano Guardini, a partir de uma simples mas profunda observação psicológica, escreveu: “O jovem, pela sua idade, tem, mais que qualquer um, uma intensa consciência de que há muito por fazer no futuro, porque ainda ele fez pouco no seu breve passado”. A nostalgia de infinito que sela o coração do jovem se manifesta em distintos anseios. Poderia citar três: anseio de identidade, anseio de comunhão e anseio por um mundo melhor. Estes anseios sempre estarão no jovem, e a sociedade hedonista, consumista, relativista, individualista, não poderá adormecer estas suas aspirações.

Como não lembrar de algumas frases dos últimos Papas aos jovens nas JMJ! Por exemplo, São João Paulo II, no ano 2000, quando encomendou a cruz aos jovens: “Levem a Cruz pelo mundo inteiro como sinal do amor do Senhor Jesus à humanidade, anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação”; ou Bento XVI em 2005: “O convite para participar da Jornada Mundial da Juventude é também para vós, queridos amigos que não sois batizados ou que não vos reconheceis na Igreja. Não é porventura verdade que também vós tendes sede de Absoluto e andais em busca de ‘algo’ que dê significado à vossa existência?”; e o Papa Francisco em 2013: “Os jovens devem se converter nos primeiros e imediatos apóstolos dos jovens”.

Termino me dirigindo aos jovens para que se comprometam com este ideal ao qual Cristo os chama e também ao qual os últimos Papas têm insistido com tanto amor e compromisso. Uma maneira de trilhar este chamado é rezar pelo nosso Papa e colher os frutos de seus ensinamentos com uma fé integral e existencial.

Obrigado(a), Papa Francisco e Papa emérito Bento XVI! E São João Paulo II intercede por todos nós, especialmente pela juventude!

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