Por João Antônio Johas Leão Em Crescendo na Fé Atualizada em 13 JUN 2019 - 09H52

O relacionamento de Maria e José e o seu namoro

Falar sobre o namoro hoje em dia pode ser bem complicado, porque estamos em meio a temas como o amor, as paixões, as virtudes, as escolhas da nossa vida e vários outros que, em geral, os jovens não se dão o tempo de pensar, mas, ao mesmo tempo, acham que entendem tudo. Isso gera uma mistura que pode ser perigosa. Por isso, é importante que os namorados se deem tempo para pensarem juntos, crescerem na fé, conhecer-se melhor, sem pular etapas que depois não podem mais voltar.

Apesar da distância no tempo, a relação de José e Maria certamente pode nos dar algumas luzes para essa experiência.

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Foto: Shutterstock
maria e josé

Mas logo de partida, é preciso deixar claro que não sabemos como foi o namoro dos dois. O que nos conta a Bíblia é que Maria estava prometida a José. Depois, nos conta que antes do casamento, o Anjo aparece a Nossa Senhora, ela engravida do Espírito Santo, e José, depois de avisado em sonho, não teme recebe-la como esposa. Eles vão a Belém, onde nasce Jesus, depois fogem ao Egito por causa da perseguição e, mais tarde, vão para Nazaré, onde Jesus vai passar sua juventude em família. Até aqui, em poucas palavras, é o que sabemos da relação entre José e Maria.

Que luzes deste relacionamento podemos tirar para a vivência de um bom namoro?

Penso que a primeira delas é que todo namoro supõe um fim (finalidade, não término!), o casamento. Na época bíblica, muito diferente da atual, estar prometida era, justamente, saber que ia se passar o resto da vida com uma pessoa. O namoro não tem sentido se não for um tempo de preparação para dar um passo mais definitivo no noivado e no casamento. Às vezes, nesse tempo se percebe que a outra pessoa não é a certa e o namoro termina. Mas o ponto de partida não pode ser um simples “estamos namorando porque sim”. Precisa ser um “estamos namorando porque queremos nos conhecer melhor para poder no futuro fazer um compromisso maior”.

Continuando no sentido de conhecer-se melhor, é natural falar também sobre o sexo. Muitas vezes, se escuta falar que ter relações "ajuda, justamente, a conhecer-se melhor" para saber se é com essa pessoa que vamos passar o resto da vida. É doloroso que se pense assim. Maria e José não tiveram relações sexuais. Sabemos que Maria é virgem antes, durante e depois do parto de Jesus. E se nem os casais estão chamados a imitar esse ponto específico do matrimônio de José e Maria, isso deixa evidente que existe uma outra realidade, a espiritual, que, -sejamos sinceros - é bem negligenciada nos namoros de hoje.

O ato sexual é, sim, um momento de muita intimidade entre os dois, mas que, justamente para se chegar nele, é preciso que os dois passem por um caminho no qual decidam entregar-se um ao outro por toda a vida, de forma plena. E isso só acontece depois de muito amadurecimento.

Infelizmente, não sabemos muito sobre como Maria experimentou seu tempo de prometida a José. Nem sabemos como este via a questão de seu matrimônio com essa linda jovem. Mas se acreditamos que "bons frutos vêm de boas árvores", como nos diz a escritura, como não pensar que a relação de José e de Maria estava totalmente centrada em Deus e na disposição de cooperar para que seu próprio Filho pudesse se encarnar e vir ao mundo nos trazer a salvação?

Um namoro santo é a porta de entrada para um casamento santo e uma vida feliz!

Escrito por
João Antonio Johas Leão (Arquivo pessoal)
João Antônio Johas Leão

Licenciado em filosofia, mestre em direito e pedagogo em formação. Pós-graduado em antropologia cristã e entusiasta de pensar em que significa ser cristão hoje.

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