Por Diego Sávio Em Dica de Cinema Atualizada em 25 MAI 2020 - 08H35

Dica de Cinema: Capitão América e as virtudes cristãs

O que a história, retirada dos quadrinhos, de um homem franzino, que aceita ser cobaia em uma experiência científica para torná-lo um super-soldado tem a nos dizer? Talvez não que possamos ser fortes por causa de um soro ou radiação, mas que não deixemos de ser o melhor que pudermos!

Shutterstock
Shutterstock


Capitão América: o Primeiro Vingador
, filme de 2011, que insere no universo cinematográfico da Marvel (MCU) o 'sentinela da liberdade', não é somente mais um filme sobre a origem de um super-herói. Recorda-nos o quanto perdemos de nossa capacidade de cultivar valores.

Em uma das cenas do filme, o cientista Abraham Erskine (interpretado por Stanley Tucci), responde ao soldado Steve Rogers (Chris Evans) que o questiona sobre a razão de ser ele o escolhido – lembrando que Steve era um 'magricela' sem saúde:

“Creio que seja a única pergunta que importa (...) o mais importante é o homem. 
O soro amplia tudo o que há lá dentro, então, o bom se torna ótimo. Por isso você foi escolhido. 
O homem forte, que sempre conheceu o poder pode perder o respeito por esse poder, 
mas o homem fraco conhece o valor da força e conhece a compaixão”.

Quanto essas palavras gritam a nós, que nos declaramos cristãos! Somos fracos. Por isso, reconhecemos o valor e a necessidade da Força que vem do alto, o Espírito Santo, do Santificador, que nos torna virtuosos.

O Catecismo da Igreja Católica vai nos ensinar, a partir do número 1803: “A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o na prática (...). Pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem”.

Como necessitamos lembrar do quanto os valores têm valor! Como é urgente reconquistar em nossa vida a possibilidade de sermos pessoas virtuosas! Steve Rogers, o Capitão América, nos faz relembrar isso. Traz-nos de volta o valor da coragem e da fortaleza, da honra e da busca do que é correto; do bem, do dar o melhor de nós mesmos até chegar ao sacrifício, e isso de forma livre.

No final do diálogo entre o Dr. Erskine e Rogers – na mencionada cena – o cientista vai dar um conselho que vale a todos nós: “Aconteça o que acontecer com você, quero que me prometa uma coisa: que vai continuar sendo quem é. Não um soldado perfeito, mas um homem bom”.

Não perfeito – no sentido de não precisar mais melhorar-se – mas, um ser humano bom.

Abraço e paz! 

Escrito por
Diego Savio
Diego Sávio

Cantor católico e cinéfilo.

Seja o primeiro a comentar

Para comentar é necessário ser assinante

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus
autores e não representam a opinião do site.

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Diego Sávio, em Dica de Cinema

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...