Intérprete: Kiara Maria Socuta Quintanilha
Reflexão: Pe. Marcelo Magalhães, C. Ss.R.
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Evangelho escrito por São Lucas
(Lc 9,51-62)
Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente.
Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, para preparar hospedagem para Jesus. Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém.
Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?”
Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. E partiram para outro povoado.
Enquanto estavam caminhando, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”.
Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”.
Jesus disse a outro: “Segue-me”.
Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai”.
Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”.
Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”.
Jesus, porém, respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
Reflexão
A vocação profética de maneira especial nasce de uma profunda experiência de Deus no meio da realidade de sofrimento em que o povo está imerso. A pessoa cumpre sua missão e passa; mas o projeto de Deus não pode passar. Jesus chama os discípulos para ficar com Ele. Ensina e revela a vontade do Pai, realiza diante deles sinais de libertação no meio do povo necessitado e envia-vos para anunciar o Evangelho e libertar as pessoas de toda espécie de mal. O apego a seguranças pessoais impede a liberdade necessária para seguir verdadeiramente Jesus.
A liturgia de hoje nos convida a percorrer o caminho de três espécies de vocação. Nelas os discípulos e também nós devemos nos reconhecer e se encontrar. Em cada uma delas Jesus define quais devem ser as verdadeiras atitudes dos seguidores e seguidoras. Os três caminhos são personagens sem nome e portanto representativas de todas as pessoas discípulas de Jesus.
A segunda demonstra disposição incomum: “Eu te seguirei para onde quer que tu fores”. A resposta de Jesus a primeira personagem alerta para a necessidade de ruptura com as seguranças e conforto que impedem a prontidão permanente. As tocas e os ninhos estão ligados a acomodação do poder em suas instituições.
A terceira personagem também se oferece espontaneamente para seguir Jesus, com a condição de despedir-se primeiro do pessoal de sua casa. A personagem demonstra indecisão, própria de quem tem dificuldades de desapegar-se dos seus negócios e de quem ainda está amarrado a laços afetivos prejudiciais a liberdade e autonomia necessárias para responder ao chamado divino.
A personagem central é convidada por Jesus. Está, porém, ligada as tradições paternas. Jesus pede-lhe que deixe o passado para entrar na nova dinâmica do Reino de Deus. Os três tipos de vocações sintetizam as atitudes que devem caracterizar o verdadeiro discipulado. A liberdade deve ser radical para que a opção pelo Reino seja feita de coração.
Amém!
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