Por Elisangela Cavalheiro Em Igreja Atualizada em 15 MAI 2019 - 15H05

Infográfico apresenta realidade do trabalho escravo no Brasil

Segundo o relatório "Índice de Escravidão Global 2014", da Fundação Walk Free, divulgado há quatro anos, O Brasil tem 155,3 mil pessoas em situação análoga à escravidão. Isso porque já houve uma significativa queda em relação ao levantamento do ano anterior, que apontou mais de 210 mil pessoas submetidas ao trabalho escravo no país.

De acordo com a organização, dos mais de 200 milhões de brasileiros, 0,078% está nesta condição. 

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Arte: Rosane Pereira/A12

Alguns detalhes chamam a atenção no segundo relatório elaborado pela ONG internacional. Entre eles, que o número de pessoas resgatadas em situação de trabalho forçado no setor da construção civil - 38% dos casos - foi maior do que no setor rural. Essa realidade apontada pelo relatório como resultante das obras para a Copa do Mundo de 2014, que propiciou o aumento do número de casos em áreas urbanas.

O relatório também destaca que a exploração sexual concentrou um grande número de pessoas em situação de trabalho forçado, por causa do grande fluxo de turismo nas cidades-sede do Mundial, com destaque para Fortaleza (CE), que concentrou boa parte dos casos de abuso sexual de crianças por turistas. Outro número que preocupa, de acordo com a ONG, é o de crianças trabalhando como empregadas domésticas. Em 2013, segundo a organização, 258 mil crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos estavam trabalhando como empregadas domésticas no Brasil. 

O Brasil está em 143º lugar entre os 167 países avaliados proporcionalmente em relação à população. A Mauritânia, na Costa Oeste da África, está em 1º lugar no ranking e é apontada como o pior caso. Em números absolutos, a Índia permanece no topo da lista, com mais de 14,2 milhões de pessoas escravizadas, seguida da China (3,24 milhões), do Paquistão (2,06 milhões), Uzbequistão (1,2 milhão) e da Rússia (1,05 milhão). Juntos, estes países representam 61% da escravidão moderna mundial, ou seja, quase 22 milhões de pessoas.

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