Por A12 Em Música

Cantar: testemunhar além dos microfones

musica igreja

Santo Agostinho nos fala: “Quem canta, reza duas vezes”, e ainda “Cantar é próprio de quem ama”. Somos convidados a cantar ao Senhor um canto novo. O canto é essa expressão de alegria, mas deve também ser expressão de compromisso: comprometemo-nos com Deus através daquilo que cantamos.

O homem revestido do Espírito Santo não busca apenas cantar, e sim viver o que canta. Esta deve ser a nossa grande diferença como bons cristãos e seguidores do Evangelho: o canto não deve e não pode ser uma atitude externa, vocal, mas precisa ser o transbordamento de nossa busca, de nosso empenho em nos assemelhar mais a Jesus Cristo. O canto maior que devemos entoar precisa ser o de nossa vida, de nossos atos, de nosso comportamento, revelado no cotidiano, em cada oportunidade que Deus nos dá de sermos e de vivermos o Evangelho. Jamais o nosso canto será harmonioso, verdadeiro, ungido, eficaz, se ele não for testemunhado através de atos concretos no dia a dia.

Deus confia a muitos de seus filhos o dom da música, como uma centelha de Seu poder criador. E, como nos diz São João Paulo II, em sua Carta aos artistas: “Obviamente é uma participação, que deixa intacta a infinita distância entre o Criador e a criatura”. De modo especial, aos ministros de música esse dom é dado transcendendo aquilo que chamamos de “dom natural”. A graça desse dom vai tocar mais ainda os corações se ele for “vida em nossa vida”. A arte, na maioria das vezes, é uma “consequência”, um fruto de uma experiência vivida. Quanto mais íntimos os artistas e todos nós, católicos, formos de Deus, vivendo como testemunhas da fé que professamos, mais frutos a música vai produzir na vida de quem a ouvir.

Porém, a todos nós, músicos – instrumentistas, cantores, compositores... – ou não, Deus deu o dom de usar a música como forma de louvor. Temos, sim, como graça complementar para o dom do louvor, a música, como importante e indispensável maneira de bendizermos a Deus e de nos aproximar d’Ele na oração, lembrando que “quem canta, reza duas vezes”!

Entretanto, aquele que com seu canto professa uma coisa, seja na Igreja ou no grupo de oração e, em seu cotidiano não vive aquilo que professa com o seu cantar, ao invés de dar um testemunho que atrai as pessoas para Deus, irá atrapalhar, levando-as a se afastarem d’Ele!

A vida de santidade é o melhor canto que podemos dar a Deus. Vida permeada de fraternidade, amor, compaixão, perdão, generosidade, prestatividade, honestidade.

Fonte: TOZADORE, H.; CARVALHO, L. A Arte de Louvar. p. 61. 2016

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