Por Redação A12 Em Igreja

A profecia de Nhá Chica sobre Zélia, que poderá ser beatificada junto ao esposo

O início do processo de beatificação do casal Jerônimo e Zélia foi anunciado no dia 20 de janeiro de 2014 pelo arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Dom Orani Tempesta. 

Um episódio curioso ocorrido em Baependi (MG) une o casal à beata Nhá Chica. Certa vez, Nhá Chica recebera em sua casa João Pedreira do Couto Ferraz, pai de Zélia Pedreira Abreu Magalhães, e, muito sabiamente, proferiu algumas palavras sobre a vida de Zélia. Leia o relato extraído do livro de Helena Ferreira Pena:

Foto de: www.nhachica.org.br

Nhá Chica foi beatificada em maio
de 2013

(...) Estava, no ano 1873, acompanhado de sua filha Zélia, o conselheiro João Pedreira do Couto Ferraz, o qual, vindo a Baependi, teve oportunidade de encontrar com Nhá Chica. A fama da modesta serva de Deus transpusera os âmbitos da cidade, onde residia: veranistas, frequentemente, a procuravam. Na sua casinha humilde, recebera o conselheiro, acompanhado de sua filha Zélia, que então se encontrava em plena mocidade. Para a jovem foram pedidos de oração de Nhá Chica. Disse esta: 

– Ela vai se casar! Terá muitos filhos, e, no fim da vida será toda do Nosso Senhor.
Riram-se todos.

Regressaram a Caxambu, e não se esqueceram das palavras proféticas de Nhá Chica. Por aquela época, não abundavam as casas religiosas para mulheres no Brasil. O noviciado ainda era feito na Europa. Porque havia essa dificuldade, e, o conselheiro, não querendo para lá mandar sua jovem filha, ou ainda por outro motivo que ignoramos, o certo é que, Zélia não entrou, como desejava, para qualquer congregação religiosa. Apareceu-lhe, entretanto, um noivo. Casou-se.
Vale a pena ler-se o que foi escrito sobre esse noivado e sobre toda a sua vida matrimonial.

Outra vez, Pedreira em Caxambu, lá se comentou a predição de Nhá Chica. Uma parte do que disse já se havia realizado: Zélia estava casada. Pedreira escreveu, ali, versos enaltecedores de Nhá Chica, conservados em um álbum de família. Correram os tempos, Zélia teve 13 filhos, dos quais morreram 4, em tenra idade.

Foto de: reprodução

Zélia e Jerônimo tiveram 13 filhos, cumprindo a profecia de Nhá Chica.

Sabe-se que ela doou os vivos à Igreja: 3 sacerdotes e 6 irmãs religiosas. Já no ocaso da vida, Zélia, com ordem especial, entrou, finalmente, para a congregação das Sacramentinas, vindo a falecer em odor de santidade.

Cumprira, assim, quanto dissera Nhá Chica a respeito de Zélia: casara-se, teve muitos filhos, entrando, depois, para uma congregação. O padre Jerônimo Pedreira de Castro, filho de Zélia, celebrando Missa na igreja da Conceição, deixou registro de sua passagem por ali, do qual transcrevemos estas linhas: 

“Antes da Missa, o Conselheiro [João Pedreira do Couto Ferraz, meu avô] pediu à Nhá Chica que rezasse suplicando uma graça a Deus por Zélia [minha mãe]. Depois da Missa, Nhá Chica disse ao conselheiro estas palavras admiráveis:

“Esta moça vai se casar, terá muitos filhos, depois, será toda de Nosso Senhor”
O que, realmente, se realizou.
Como a boa Nhá Chica podia prever que Zélia seria uma fervorosa serva do Santíssimo Sacramento, terminando os dias tão santamente?
Peço a Maria Santíssima bênçãos e favores para todos os habitantes desta cara Baependi, e desejo que todos venerem a memória da Santa Nhá Chica, e quem sabe, um dia, Nosso Senhor e Roma a elevarão aos altares?”

Texto extraído do livro “Francisca de Paula de Jesus, Sua Vida e Seus Milagres” 
de autoria de Helena Ferreira Pena – publicado pela Editora Nhá Chica

Leia também: Processo de beatificação de Zélia e Jerônimo é aberto no Rio de Janeiro

 

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