Um ato religioso pretende reunir mulheres de diversas religiões em defesa de seus direitos, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), no próximo dia 05, por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
“As religiões pelos direitos das mulheres” é o tema da iniciativa organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), Conferência dos Religiosos do Brasil, Fé Bahai, Abrawica, Federação Umbanda e Candomblé. O evento consistirá em momentos de reflexão e uma caminhada celebrativa pelo Dia da Mulher.
A secretária-geral do CONIC, a pastora luterana, Romi Benke falou sobre as razões da realização deste evento, lembrando o ano dedicado à Hypatia, a primeira mulher documentada como Matemática, considerada a primeira que sofreu as consequências da intolerância religiosa. "Queremos reafirmar nosso compromisso em favor do diálogo, da promoção de uma cultura de paz e, principalmente, chamar a atenção para os altos índices de violência contra a mulher que ocorrem em nosso país. Esta violência é resultado de um sistema que se assegura em pilares patriarcalistas e colonialistas”, esclareceu Benke.
De acordo com a pastora, o ato será, também, um momento para reafirmar as esperanças de que as religiões precisam colaborar para a promoção de uma cultura de paz, porque segundo ela, não há paz, enquanto o discurso de negação dos direitos das mulheres não for superado. “Todos os anos, muitas mulheres são assassinadas em nosso país. Muitas são mortas por causa do seu engajamento social, citamos o exemplo de Irmã Dorothy e mulheres ligadas a movimentos sociais, outras são mortas por causa da intolerância religiosa, como foi o caso de Mãe Gilda e há outras que são mortas por crimes passionais e violência policial. Não podemos negar esta face pouca positiva de nosso país em relação às mulheres”, assinalou.
Para a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional), Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, mad, é preciso unir forças na luta pelos direitos das mulheres. “Temos que nos unir pelos direitos das mulheres para conquistar cada vez mais os nossos lugares na sociedade”, destacou. De acordo com a religiosa, na Igreja Católica as mulheres ainda enfrentam o problema da desigualdade e da discriminação. “Estamos muito longe de um caminho de igualdade, de respeito pelas mulheres”, sublinhou.
A razão pela qual o CONIC lançou o convite à CRB para participar deste evento, segundo a presidente, se deve ao fato de que as mulheres consagradas são protagonistas de uma nova história ao assumir trabalhos desafiadores. “Elas são protagonistas nesta ação de defesa das mulheres em situação de exploração por meio do tráfico humano, do trabalho escravo e da prostituição infantil e feminina. Independente de apoio ou de reconhecimento, a mulher consagrada procura ocupar o seu espaço na Igreja e na sociedade. Precisamos apoiar um ato como esse”, finalizou.
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