O menino sírio Aylan Shenu, de três anos, que morreu afogado depois que seu barco naufragou entre a Turquia e a ilha grega de Kos tornou-se símbolo de muitas mortes invisíveis e anônimas, das milhares de pessoas que buscam desesperadamente chegar em segurança a um país em paz.
A família de Aylan, uma entre as milhares que tentam uma nova vida em outro país, tentou fugir várias vezes dos combates na Síria e queria imigrar para o Canadá. No naufrágio, além de Aylan, morreu o irmão Ghaleb, de 5 anos, e a mãe Rihanna. Apenas o pai, Abdallah Ebdi, conseguiu sobreviver.
Foto de: reprodução.
Abdullah, perde a mulher e os dois filhos no naufrágio.
“Meus filhos escorregaram de minhas mãos”, contou o pai em entrevista a uma agência internacional. Segundo Abdallah todos “estavam com coletes salva-vidas, mas o barco virou subitamente porque algumas pessoas se levantaram”.
A família de Abdallah que morava em Kobane, cidade localizada ao norte da Síria na fronteira com a Turquia, já havia partido de Damasco quando o país mergulhou na crise e na guerra em 2011, e depois de Aleppo, a segunda maior cidade do país. Em janeiro, diante do fim do cerco aos jihadistas do Estado Islâmico, a família retornou para Kobane. Porém em junho, com uma nova ofensiva à cidade pelo jihadistas com mais de 200 mortos, a família resolveu imigrar para o Canadá, onde vive a irmã de Abdallah, Teelma Kurdi.
Teelma que reside em Vancouver há 20 anos, disse que entrou com um pedido de imigração na condição de refugiado para seu irmão, sua cunhada e os dois filhos, mas o serviço de imigração canadense rejeitou seu pedido de refúgio em junho passado. Com o pedido de imigração negado, a família resolvou arriscar uma fuga pelo mar.
Drama dos refugiados
A realidade dos refugiados tem ocupado constantemente o notíciário mundial e os governantes estão sendo confrontados a gerenciar a chegada dessas pessoas.
Para Papa Francisco, a morte de imigrantes em diversas realidades "ofende a humanidade", e com isso, defente que os governos encontrem soluções para essa questão humanitária. Diante da questão, Francisco escolheu para a celebração do 102º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, a ser celebrado em 17 de janeiro de 2016, o tema 'Migrantes e refugiados nos interpelam. A resposta do Evangelho da misericórdia' para "tornar presente a dramática situação de tantos homens e mulheres, obrigados a abandonar as próprias terras, e que muitas vezes morrem em tragédias no mar”.
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