Por Redação A12 Em Igreja

Grito 2014 reflete ocupação dos espaços públicos para mobilização de direitos e liberdade

Grito dos Excluídos celebra 20 anos em 2014

Cartaz Grito dos Excluídos 2014 Este ano, a 20ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas traz como tema: ‘Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos’. A temática está ligada à Campanha da Fraternidade de 2014, ‘Fraternidade e Tráfico Humano’.

Diante das manifestações que tomaram ruas e praças nos últimos anos, a organização do Grito dos Excluídos considerou o tema na reflexão da vigésima edição que ocorre no próximo dia 7 de setembro. De acordo com a manifestação popular, a busca pelos direitos e liberdade não foram construídos pelos "poderosos e governantes", mas na organização de base, no trabalho de formiguinha das dezenas, centenas e milhares de iniciativas populares.

Uma das grandes propostas do Grito dos Excluídos é a descentralização. O evento acontece em todos os estados brasileiros, em várias comunidades, dioceses, movimentos e grupos, que localmente, expõem suas insatisfações e manifestam a sua luta.

Nesse sentido, o Grito 2014 quer reafirmar a sua história de luta como uma das vozes na sociedade brasileira a clamar pelos excluídos. "Preparar-se para o Grito é antes de tudo reconhecer a chama às vezes tênue, mas sempre viva, dessas inúmeras luzes que iluminam a noite sombria do poupar energia do corpo e da apatia, do descrédito e do desencanto", destaca nota da coordenação nacional.

Entre os pedidos e clamores do Grito 2014, está a reforma política, a luta contra o trabalho escravo, o direito à migração e a livre manifestação, a defesa dos direitos básicos e a participação popular, a garantia da terra aos povos tradicionais e indígenas, a defesa de políticas sociais voltadas para a juventude, o direito das mulheres e a luta contra a violência, entre outros.

Dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB, em carta de apoio à iniciativa frisou o espaço conquistado pelo evento em todo o país. "O Grito dos Excluídos (as) tem sido um espaço valioso de mobilização popular e formação cidadã da população através do engajamento das pastorais, movimentos sociais e demais aliados que sonham com um Projeto Popular para Brasil”, afirmou.

O presidente sublinhou também a necessidade do constante empenho e luta pelos direitos da população. “Lembramos que em nosso país a justiça social ainda não é uma realidade plena. As mudanças estruturais são necessárias porque a sociedade ainda não é espaço de vida digna para todos como se percebeu nas grandes manifestações do ano passado. O Brasil ainda precisa mudar e por isso queremos este ano 'Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos'", frisou.

Grito e Romaria dos Trabalhadores em Aparecida

No Santuário Nacional de Aparecida, o evento acontece desde 1995 em conjunto com a Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que neste ano chega a sua 27ª edição.

A Romaria é organizada pela Pastoral Operária e pelo Serviço Pastoral dos Migrantes e Juventude Operária Católica. O lema deste ano é 'Mãe Negra Aparecida Padroeira deste chão, o povo trabalhador não aceita escravidão'.

História

O Grito dos Excluídos teve origem no então Setor Pastoral Social da CNBB. Sua primeira edição deu continuidade à reflexão da Campanha da Fraternidade de 1995, cujo tema foi 'Fraternidade e Excluídos' e lema foi 'Eras, tu, Senhor'. 

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