Grito dos Excluídos quer avanço para o Brasil

O movimento do Grito dos Excluídos, que acontecerá na próxima segunda-feira (07) espera chamar a atenção do governo para a crise atual e de forma a mobilizar o país para alcançar melhorias para todos.

Foto de: Renato Papis, Regional Sul 1

Entrevista coletiva do grito dos Excluídos em São Paulo (SP)

Em entrevista coletiva de imprensa Dom Pedro Luis Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes (SP), vice-presidente do Regional Sul 1 da CNBB disse que toda manifestação deve ser para pedir coisas melhores para o país.

“Podemos ter a reação de ir à luta para sair da crise ao lado do povo ou podemos ter reação daqueles que querem que o Brasil volte para trás. Nós não estamos do lado daqueles que querem o “quanto pior, melhor”, daqueles que não aceitam a democracia, que não aceitam o resultado das eleições. Queremos criticar para avançar, não criticar para retroceder”, afirmou.

As atividades previstas para o feriado de 7 de setembro são organizadas espontaneamente e seguem o lema “Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”

Em Aparecida (SP) tradicionalmente o movimento começa às 6h no Porto Itaguaçú às 6h com a caminhada da 28ª Romaria dos Trabalhadores e 21º Grito dos Excluídos, às 9h20 está marcato o ato público na Tribuna Bento XVI e às 11h participação na missa no Santuário Nacional.

“A religiosidade traz uma força interna essencial na luta”, afirmou Antonia Carrara, da Pastoral Operária. O ato na cidade reforça a característica racial da santa, que é negra. “O tema é Mãe Negra Aparecida, a classe trabalhadora tem sede e luta pelo mundo justo”, acrescentou.

Em São Paulo, o ato ocorrerá na Praça da Sé, às 8h. Haverá também uma atividade encabeçada por movimentos de moradia da capital paulista, marcada para a Praça Oswaldo Cruz, na Avenida Paulista.

No ano passado, cerca de 200 localidades participaram da mobilização.