Por Redação A12 Em Igreja

Igreja do Brasil retoma reflexão sobre o tráfico humano com a Campanha Missionária

A Campanha Missionária 2014 promovida pela Igreja do Brasil retoma a problemática que envolve o tráfico humano discutida no início desse ano com a Campanha da Fraternidade. Com o tema "Missão para libertar" a campanha tem como principal meta chamar a atenção dos cristãos sobre o seu compromisso com a missão da Igreja na defesa da vida em todo o mundo. A iniciativa é promovida sempre no mês de outubro. 

Na tarde de ontem, 22, as Pontifícias Obras Missionárias, entidade responsável pela campanha apresentou os materiais desenvolvidos para a reflexão e a conscientização dos cristãos nesse período.  

Campanha Missionária 2014

Participaram da coletiva, na sede das POM em Brasília (DF), dom Sergio Arthur Braschi, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da CNBB e bispo de Ponta Grossa (PR), padre Camilo Pauletti, diretor nacional das POM e Irmã Irene Lopes, assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB.

Em sua explanação dom Sergio sublinhou a importância do Mês das Missões para a caminhada de evangelização da Igreja no Brasil, tempo “tão sentido pelos grupos de famílias, comunidades eclesiais, grupos bíblicos” que aproveitam para aprofundar a fé através da Novena Missionária.

 

"...existem três formas de cooperar na Missão: através da oração, colocando-se à disposição para partir e através da ajuda financeira", dom Sérgio. 

O bispo chamou atenção para o fato de a Campanha Missionária retomar o tema da Campanha da Fraternidade deste ano. “O Tráfico Humano é debatido numa chave missionária”, por isso: ‘Missão para libertar’, e o lema “Enviou-me para anunciar essa libertação” (Lc 4,18). “É bonito ver os testemunhos que são relatados no DVD, a presença dos missionários e missionárias, religiosas, religiosos, padres, leigos e jovens trabalhando com aquelas pessoas que têm a dignidade manchada e ferida fortemente pelo Tráfico em suas diversas formas”, afirmou dom Sergio e reforçou: “estes são os escravos da nossa época”.

Por fim, o bispo lembrou que existem três formas de cooperar na Missão: através da oração, colocando-se à disposição para partir e através da ajuda financeira. Nesse sentido, recordou que nos dias 18 e 19 de outubro acontece a coleta para o Dia Mundial das Missões.

Subsídios da Campanha

 

A coleta missionária do Brasil contabiliza pouco mais de 8 milhões de reais.

Padre Camilo Pauletti apresentou os vários subsídios da Campanha Missionária: o cartaz, a Novena, o DVD com testemunhos, a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, marcadores de páginas com a Oração da Campanha e as imagens de Santa Teresinha do Menino Jesus, São Francisco Xavier, Nossa Senhora Aparecida e do Papa Francisco. Além disso, as POM disponibilizam as orações dos fiéis para os quatro domingos de outubro e 11 milhões de envelope para as ofertas. Todos os materiais foram enviados às 276 dioceses e prelazias do Brasil e podem também ser baixados do site das POM (www.pom.org.br).

Sobre a Mensagem do Papa, padre Camilo destacou que o Pontífice procura incentivar para a questão missionária. “O Papa Francisco deseja uma Igreja missionária em saída, mas com alegria. Seja na evangelização, no envio de missionários, nas preocupações precisamos fazer com alegria”, frisou o diretor das POM. Com essa indicação destacou a importância do envelope para a Coleta. “Incentivamos todos os cristãos para que façam a sua contribuição com alegria”, complementou.

A coleta é enviada ao Fundo Universal de Solidariedade para apoiar projetos em todo o mundo. A contribuição do Brasil contabiliza pouco mais de 8 milhões de reais.

Missão na Amazônia

Ao falar da Igreja na Amazônia, Irmã Irene Lopes recordou as palavras do Papa Francisco aos bispos brasileiros no Rio de Janeiro, em julho de 2013. “A Igreja não está na Amazônia como aqueles que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderem. Desde o início a Igreja está presente na Amazônia com missionários, congregações religiosas e lá continua ainda presente e determinante no futuro daquela área”.

Na sequência, a religiosa destacou a parceria que a Comissão para a Amazônia tem com as POM no trabalho de despertar a consciência missionária. A assessora e explicou que, naquela vasta Região, “o tráfico humano é um fenômeno antigo, que tem raízes profundas e está relacionado ao mercado de trabalho em um modelo econômico que, em nome do lucro, considera tudo mercadoria. Não dá para combater o Tráfico Humano, sem combater a pobreza e a desigualdade socioeconômica e cultural”, completou. 

Segundo Irmã Irene, entre as atividades no enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, destacam-se as da Rede um Grito pela Vida, uma iniciativa da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), com a participação de mais de 150 religiosas e religiosos, e a atuação da Irmã Henriqueta Cavalcante, coordenadora da Comissão Justiça e Paz da CNBB Norte 2 (Pará), dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu e dom José Luiz Ascona, bispo de Marajó, que recebem proteção policial até para rezar.

A Campanha Missionária é coordenada pelas POM com a colaboração da CNBB por meio da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão para a Amazônia e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (Comina). A animação da Campanha conta com a atuação dos Conselhos Missionários Diocesanos e Regionais (Comidis e Comires), lideranças e organismos afins.

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