Igreja

Padre Zezinho celebra 50 anos de sacerdócio em sua comunidade de origem

Escrito por Elisangela Cavalheiro

22 SET 2016 - 17H31 (Atualizada em 08 JUN 2021 - 11H04)

"Pelos frutos que me dás". Com esse tema Padre José Fernandes de Oliveira, o Padre Zezinho celebrou os seus 50 anos de sacerdócio na quarta-feira (21). Celebrado exatamente no dia em que foi ordenado; no dia de São Mateus, apóstolo, evangelista e mártir, que ele disse ter inspirado o seu ministério, o padre que conquistou multidões com a sua forma de catequizar e com o seu canto, agradeceu a comunidade que o viu crescer e acompanhou toda a sua trajetória. 

Lotada pelos parentes, confrades, religiosos, amigos, fiéis e personalidades que acompanham a sua carreira, como o baixista Eraldo Mattos, da banda Anjos de Resgate, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté, interior de São Paulo, recebeu festivamente o religioso. A celebração contou com a presença do Grupo Ir ao Povo, que conduziu os cantos. No altar concelebraram os bispos eméritos de Taubaté, Dom Antonio Affonso de Miranda e Dom Carmo João Rhoden, que é da mesma congregação religiosa que Padre Zezinho, além de dezenas de padres. 

:: Entrevista: Padre Zezinho, a vida a favor dos irmãos

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Na homilia, o aniversariante lembrou a sua infância junto ao povo da Vila São Geraldo. "Alguns me viram coroinha aqui. Essa paróquia nos deu muita gente boa, eu sou feliz por ter crescido aqui", disse. O padre recordou ainda os tempos difíceis que viveu junto aos operários da Companhia Fabril da Juta que moravam no bairro. "Esta era uma vila de operários e nós [padres dehonianos] estávamos aqui no meio dos operários da vila fabril". 

O religioso afirmou que foi nessa comunidade que ele começou a descobrir que queria ser catequista. "Foi nessa Vila São Geraldo, nessa comunidade de operários da Juta da CTI que aprendi a ouvir os outros e a prestar atenção nas famílias". 

Padre Zezinho agradeceu também o apoio e incentivo que recebeu das irmãs Paulinas ao longo de sua carreira. "Encontrei as Paulinas que acreditaram nas minhas canções e me deram um apoio muito grande. Me deram espaço para livros, pude escrever quase 90. Com elas também aprendi a fazer música e a fazer mais de 110 CDs".

Sobre a ordem religiosa que o acolheu, a Congregação do Padres do Sagrado Coração de Jesus, mais conhecidos como Padres e Irmãos Dehonianos, Padre Zezinho destacou o carisma que almeja um mundo com mais justiça social e que moldou o seu ministério, as suas canções, as suas publicações, as suas pregações. 

 "Sou fruto de uma congregação que aposta nos seus padres e nos seus seminaristas.
Hoje estou celebrando 50 anos de padre e tenho muito a agradecer..."

"Tudo o que eu sou e fiz foi por causa do pensamento deles [dehonianos]", afirmou. "Somos chamados a pregar a justiça social", acrescentou, lembrando o exemplo do fundador de sua congregação, Padre João Leão Dehon. "Sou fruto de uma congregação que aposta nos seus padres e nos seus seminaristas. Hoje estou celebrando 50 anos de padre e tenho muito a agradecer. Devo um grande Deus lhes pague aos Dehonianos", assinalou. 

Ao final da missa, crianças ofertaram rosas ao aniversariante e a assembleia cantou "Amar como Jesus amou", um dos seus maiores sucessos. 

Sacerdote, professor de comunicação, pregador, escritor, compositor, radialista, produtor e diretor de televisão, colunista de jornal, compositor, conferencista, orientador de jovens e artistas cristãos, descobridor de talentos, criador de métodos de comunicação na Igreja Católica, teórico e pesquisador de comunicação religiosa… São muitos os adjetivos e habilidades que o destacaram e o fizeram ser conhecido mundialmente. Mas a forma como ele prefere ser chamado e lembrado é por ser um padre catequista. 

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