Reflexão: Padre Marcelo Magalhães - C.Ss.R
Intérprete: Kiara Maria Socuta Quintanilha
Naquele tempo, Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: “tomai cuidado com os doutores da lei!
Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes.
Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”.
Jesus estava sentado no templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre.
Muitos ricos depositavam grandes quantias. Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada.
Jesus chamou os discípulos e disse: “em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo àquilo que possuía para viver”.
- Palavra da Salvação.
- Glória vós Senhor.
Reflexão
O Evangelho nos ensina que a partilha é o oposto do acúmulo. Pessoas que não partilham e que só pensam em acumular para si são pessoas de coração endurecido, que revelam sua pobreza interior. A partilha nos aproxima de Deus; a partilha revela Deus; quem partilha é de Deus. Por isso, vemos no Evangelho deste domingo que, enquanto os ricos e os doutores da lei agiam apenas por aparência, uma pobre viúva dá uma grande lição de partilha e confiança em Deus.
Os ricos colocavam no cofre do templo grandes quantias; colocavam aquilo que lhes estava sobrando, que não lhes faria falta, um valor que não lhes era mais necessário. Depositavam grandes quantias para serem elogiados, a ponto de que, ao fazer sua oferta, queriam que se tocasse a trombeta para anunciar a todos a grande oferta que se faziam. Então, Jesus traz como ensinamento a imagem da pobre viúva que ofertou as duas pequenas moedas que tinha. Ela ofertou a Deus tudo que tinha para o sustento de sua vida. Assim, Jesus nos ensina que os pobres são os que mais partilham, pois sabem que só a partilha é capaz de socorrer tantos necessitados.
Aquela viúva no templo ofereceu tudo o que possuía para Deus, pois ela sabia que a segurança da sua vida não estava nas moedas que tinha, mas sim, na sua fé em Deus. Sendo assim, Jesus nos ensina que a oferta que agrada a Deus não é a quantia do valor material, mas sim a confiança e a fé que depositamos nos pequenos gestos que a ele oferecemos. A maior oferta que fazemos para Deus é a oferta da própria vida.
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