Reflexão: Padre Marcelo Magalhães - C.Ss.R
Intérprete: Kiara Maria Socuta Quintanilha
Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: “um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou.
O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois.
Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu patrão.
Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados.
O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco, que lucrei’. O patrão lhe disse: ‘muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’
Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. O patrão lhe disse: ‘muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’
Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. Por isso, fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’.
O patrão lhe respondeu: ‘servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e ceifo onde não semeei? Então, devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’.
Em seguida, o patrão ordenou: ‘tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem até o que tem lhe será tirado.
Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes!’”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
Reflexão
O tempo comum tem trinta e quatro semanas. Portanto, estamos chegando ao final de mais um ano litúrgico. Na próxima semana, com a solenidade de Cristo Rei, estaremos encerrando o ano litúrgico A.
Na caminhada da vida é preciso sempre fazer uma avaliação de tudo o que estamos vivendo e construindo. O que estamos deixando na vida das pessoas com as quais nós convivemos.
Todos nós temos algum dom ou talento que deus confiou a nós para administrar. A uns ele deu mais, a outros menos, mas a todos ele confiou algo, a todos Deus confiou uma responsabilidade. A questão está na maneira como cada um administra o que recebeu. Há os que realmente colocam seus talentos a serviço da vida, e assim, multiplicam seus dons. Mas também há os que enterram seus talentos, se acomodam e nenhum esforço faz para usar os dons de deus em benefício dos outros.
Na parábola que Jesus contou aprendemos que o homem que confia seus talentos é Deus. As pessoas que ele chamou para administrar seus bens somos nós. Ele nos chamou e nos confiou talentos. Por isso, é importante ter sempre esta consciência: os dons são de Deus, eu apenas administro o que em essência pertence ao senhor. Não somos donos dos bens, precisamos aprender a administrar os bens que Deus nos confiou com responsabilidade e fidelidade.
Jesus deixa claro que todos recebem alguma coisa para administrar. Mesmo que seja pouco, é preciso administrar da melhor maneira possível, porque são bens que o senhor nos confiou. “E quem é fiel nas pequenas coisas, também será fiel nas grandes”. E se sou fiel no pouco, ele me confiará mais. E a recompensa pela fidelidade em administrar os bens de Deus é o convite para participar da sua alegria.
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