O significado da vocação matrimonial

“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Mt 19:6)

O Matrimônio é o Sacramento do Amor entre um homem e uma mulher. Instituído pelo próprio Cristo, o matrimônio é uma íntima comunidade de vida e de amor.

O Livro do Gênesis conta que, depois de criar o homem, Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda” (Gn 2,18). E assim aconteceu. Adão e Eva viviam felizes no Paraíso. A glória de Deus é a felicidade do homem, cada pessoa nasceu para ser feliz.

A vocação matrimonial ou vida conjugal, é a opção em que um homem e uma mulher se escolhem mutuamente e se unem em um relacionamento definitivo. Assim, o casal forma uma família e vive um projeto único; os dois são “uma só carne”, buscam superar as diferenças, amando-se e sendo fecundos.

Para ser feliz no matrimônio, cada pessoa deve conhecer a si mesmo, suas próprias limitações e habilidades. É necessário também que conheça a pessoa que construirá consigo o projeto matrimonial que durará a vida toda. Para isso, é necessário saber escolher. A etapa do namoro é o tempo de experiências afetivas importantes pelo qual os namorados se conhecem e decidem se deverão assumir uma relação para toda a vida. Deverão discernir entre o amor verdadeiro e a paixão, as ilusões, e os desejos. Esse tempo de discernimento vai fazer com que os namorados, depois de se conhecerem e amadurecerem, se preparem para dar o passo definitivo. Amadurecidos, escolherão a vida matrimonial como forma de viver a santidade. Por isso, o amor conjugal tem duas características essenciais: é indissolúvel (“o que Deus uniu, o homem não separe”; não termina nunca) e fecundo (“crescei e multiplicai-vos”; traz novos filhos de Deus para o mundo).

Para que duas pessoas decidam se casar é necessário que exista entre elas o AMOR verdadeiro, sem o qual o Sacramento do Matrimônio não existe, mesmo que a celebração pública aconteça. Portanto, o matrimônio é uma relação íntima entre três pessoas: o homem, a mulher e Deus; no centro da relação está o Amor. Deus é amor e “onde há Amor, Deus aí está”. “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” (Mt 19,6).

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O Sacramento do Matrimônio é a celebração da união do casal diante da comunidade eclesial e de um ministro ordenado. Movidos pelo amor, tendo consciência de suas fragilidades e suas virtudes, assumem o compromisso de viverem juntos por toda a vida, “na saúde e na doença, na tristeza e na alegria”. Na celebração, eles reafirmam sua união e livremente assumem o compromisso de viver por toda a vida dispostos a receber os filhos que Deus lhes confiar. Depois, um entrega a aliança ao outro em sinal de “amor e fidelidade”. O ministro ordenado torna-se testemunha desse compromisso e abençoa os nubentes.

O casal com seus filhos, formam uma família. Ela deve expressar no mundo a imagem da Santíssima Trindade: assim como Deus é Pai, Filho e Espírito Santo e ao mesmo tempo é um só, a família também deve ser a expressão de Deus. A família é o “ninho de Deus”, onde Ele deseja pousar e ser albergado. É assim que Ele expressa sua presença na aliança que fez com os seres humanos: quer estar no meio de nós, Ele armou sua tenda entre nós.

É natural que toda vocação encontre muitos desafios e provações. A vida matrimonial também precisa ser fortalecida para que seja um lugar de santidade, de expressão de Deus. A fidelidade e a santidade no matrimônio só serão possíveis se houver entre os esposos uma grande abertura para Deus. Rezar juntos é uma das atitudes mais importantes para que o casal se realize e supere as dificuldades que surgirão na vivência da vocação matrimonial.

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