Por Redentoristas Em Notícias Atualizada em 11 DEZ 2017 - 11H25

Conheça um pouco da história do Padre Henrique César

Thiago Leon
Thiago Leon

Henrique César Correia Maciel é o mais novo padre da Província Redentorista de São Paulo. Sua ordenação sacerdotal aconteceu no dia 02 de dezembro em São Gonçalo do Sapucaí (MG). Atualmente, Padre Henrique atua em Miracatu (SP) no trabalho pastoral da Paróquia Nossa Senhora das Dores.

Em entrevista contou como foi o despertar da sua vocação, sua formação religiosa, os desafios e seu amor pela congregação redentorista.

A12 - Como foi que o senhor sentiu o chamado para ser padre na congregação redentorista?

Padre Henrique - Fui criado numa família muito católica e desde criança a figura do sacerdote exercia um fascínio grande sobre mim. Aos dez anos me tornei coroinha e a partir de então meu trabalho junto ao altar tornou-se uma necessidade. Fazia-me bem estar perto de Jesus e ter na eucaristia diária um alimento indispensável para minha vida. Desde muito pequeno tinha vontade de ser padre. Nunca brinquei de celebrar missa ou coisas do gênero. Quando criança reunia os primos para brincar de televisão. Eu era o apresentador e eles convidados, plateia, cantores, câmeras, tudo ao mesmo tempo. O teatro também me encantava demais (e até hoje me encanta muito). Mas quando se tratava de religião, o desejo de ser padre gritava alto no coração.

Minha avó sempre ouvia a Rádio Aparecida, mas só fui ter clareza de que os radialistas que eu ouvia eram redentoristas na minha juventude. Conheci a Congregação nas Santas Missões Populares que aconteceram em São Gonçalo do Sapucaí em 1998. Fiquei encantado pelos trabalhos dos missionários que ficaram na minha comunidade. Participei de todos os momentos das Missões. Desejei ser um padre como eles. No ano seguinte participei de um encontro vocacional em Aparecida, mas com apenas 13 anos tive medo de ingressar. Com a conclusão do ensino médio tive muita vontade de cursar jornalismo, mas por dificuldades financeiras não pude levar a diante este sonho. Com os preparativos para a vinda do Papa Bento XVI ao Brasil a vontade de ser padre reacendeu em meu coração. Junto de alguns amigos de minha cidade natal retomei o contato com a Congregação Redentorista em 2007, até que em janeiro de 2008 fui chamado para convivência vocacional e ingressei no Seminário Propedêutico Redentorista.

Thiago Leon
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A12 - Em sua caminhada de formação quais foram os principais desafios?

Padre Henrique - São diversos os desafios para quem deseja consagrar sua vida a Deus, aliás, para quem deseja assumir com radicalidade o seguimento a Jesus, muitas são as exigências e provações. A vida religiosa segue contra a corrente dos valores que o mundo tenta nos doutrinar. A maior dificuldade do cristão hoje e também dos religiosos é estar no mundo sem pertencer a ele. É difícil para Igreja se comunicar com os avanços científicos, tecnológicos e tantas mudanças que acontecem no mundo de hoje sem deixar que nela respinguem contra valores como individualismo, consumismo, relativismo, entre outros. Inicialmente meu maior desafio era a distância da família. Depois, era deixar a roupa do velho homem e revestir de uma nova vida em Jesus. Hoje o principal e instigante desafio não é simplesmente ser padre, mas ser um bom padre. São muitos os sofrimentos nas periferias existenciais, das quais muitos mercenários se aproveitam para seu próprio benefício e prosperidade. É minha missão e meu desafio ser pastor, ser reflexo de Jesus bom pastor, cuidar das ovelhas de Deus com amor, com misericórdia.

:: Conheça as etapas formativas da Congregação Redentorista

A12 - O que mais te 'encanta' no carisma redentorista?

Padre Henrique - A princípio o que me atraiu na Congregação Redentoristas foi sua identidade missionária. Com o passar do tempo, conhecendo mais a fundo a história da Congregação fui descobrindo que esse agir missionário vai além das Santas Missões Populares. Encontrei em Santo Afonso e em seus diversos dotes artísticos a inspiração para usar de todas as habilidades que recebi de Deus para a Evangelização e isso me faz feliz. "Há diversidades de dons, mas um mesmo é o Espírito!" A consagração não me impede e nem pede a mim para abafar o gosto que tenho pelas artes plásticas, pelas artes cênicas e pela comunicação. Posso usar de tudo que gosto: música, dança, teatro, vídeos, coreografias, montagens para impulsionar meu trabalho missionário, cooperando assim com a obra da Congregação Redentorista.

Thiago Leon
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A12 - Na vida sacerdotal, como ser um verdadeiro pastor atendendo ao chamado do Papa Francisco de ir ao encontro dos irmãos?

Padre Henrique - Papa Francisco constantemente nos aponta caminhos. Por vezes ficamos extasiados com suas palavras e achamos que ele está inovando, fazendo diferente ou algo do tipo. Na verdade ele mesmo nos recorda que está apenas fazendo o que tem de ser feito. Está, a todo o momento, nos lembrando do que paramos de realizar e não devíamos ter parado. Nosso Papa reitera e reforça o que Jesus nos ensinou e nos ensina com sua vida: sair de si mesmo. Desejo ser um pastor que exerce seu papel de cuidar das ovelhas a mim confiadas e por elas doar minha vida. É o próprio Deus que me confia esse ofício e por isso quero empenhar minha existência nesse propósito ao qual livremente me obriguei pela unção e sacramento que recebi.

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