Por Alyne Souza Monteiro Em Obras Sociais

CASSSR promove manhã informativa sobre “Violência Doméstica”

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CASSSR promove manhã informativa sobre “Violência Doméstica”

Pesquisas apontam que no Brasil cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos, o parceiro (marido, namorado ou ex-companheiro) é o responsável por mais de 80% dos casos reportados. No entanto a vergonha, o medo e mesmo a dependência financeira impedem que estas mulheres denunciem seus agressores.

Esta triste realidade é diagnosticada no município de Aparecida. Por essa razão no dia 28 de junho, o CAS Santíssimo Redentor programou uma manhã informativa aos beneficiários, em especial as mulheres, alertando-as sobre os seus direitos e medidas protetivas que as resguardam. Para falar sobre o assunto foi convidada a psicóloga Cláudia Ruggiero, que atua na Delegacia de Defesa da Mulher da cidade de Pindamonhangaba.

A psicóloga Cláudia Ruggiero, apresentou que, sob diversas formas e intensidades, a violência doméstica e familiar contra as mulheres é recorrente e presente no mundo todo, motivando crimes hediondos e graves violações de direitos humanos. Contou também sobre o trabalho que a delegacia da mulher oferece, ou seja, que foi criada para proporcionar um atendimento diferenciado às mulheres vítimas de violência.

Apresentou a respeito da Lei Maria da Penha que define cinco formas de violência doméstica e familiar, sendo elas a violência psicológica, violência física, violência sexual, violência patrimonial (controlar, reter ou tirar dinheiro, objetos, documentos e etc), e a violência moral (fazer comentários ofensivos e/ou humilhar publicamente, ter atitudes com o intuito de diminuí-la perante amigos e parentes), deixando claro que não existe apenas a violência que deixa marcas físicas evidentes.

Abordou questões a respeito do uso de álcool, drogas e o ciúme, que são causas que não servem como justificativa para violências contra a mulher, são apenas fatores que podem contribuir para a eclosão do episódio de violência, e muitas vezes são usados como desculpa. Relatou também que o papel da Delegacia não é apenas punir o agressor, mas também orientar e dar suporte a pessoa que está sendo violentada e ao seu agressor, para tomarem ciência de suas atitudes e também oferecer uma ajuda para melhora no relacionamento.

Concluindo enfatizou aos beneficiários que os primeiros passos para sair da situação de violência começam pela procura de informações e pela busca de apoio. Romper com a violência é uma decisão difícil, mas é importante pedir ajuda e quanto antes melhor, uma vez que a tendência dos episódios de agressão é de agravamento.

Precisamos mostrar que nós, mulheres, não queremos acesso à Justiça porque somos vítimas, mas porque somos sujeitos de direitos.”

Alyne Souza Monteiro

Psicóloga

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