Por Pe. José de Lima Torres, C.Ss.R Em Redentoristas Atualizada em 12 DEZ 2019 - 13H29

Pagani respira Afonso de Ligório

Você sabe onde teria uma “acolhida redentorista”? Um lugar que você gosta muito de estar e tudo lhe parece familiar, se parece com você? Isso eu chamo de um lugar redentorista, porque te acalma, te recebe de braços abertos, te entrega a casa, te dá um abraço sorridente e cuida de você.   Este lugar se encontra na cidade italiana de Pagani onde está a Basílica de Santo Afonso Maria de Ligório e o convento redentorista que guarda preciosos objetos de valor afetivo incomensurável da vida do santo fundador. 


Quando visitei este lugar, em 2016, vivenciei na celebração da Eucaristia diante do túmulo onde está o fundador da Congregação, o momento mais emocionante da minha viagem. Ali, diante do altar da capela lateral da Basílica de Santo Afonso, uma rápida retrospectiva de toda a minha vida veio espontânea: o lugar onde eu nasci, a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira da Congregação; as novenas anuais que rezávamos com a oração diária de Santo Afonso; minhas lutas para entrar na Congregação, os anos de formação inicial, meus trabalhos no Nordeste, minha volta à Província de São Paulo; a ordenação presbiteral; as minhas dificuldades... e finalmente, os últimos dias de vida do meu pai.

Em visita em seu leito, ele disse: “na noite passada eu recebi a visita de um homem, era Santo Afonso... ele esteve aqui”. Naquele momento eu achava que era um delírio de alguém atormentado pela enfermidade. Até poderia ser! Mas hoje, posso ler este momento como presença constante de Deus. É aquela leitura que a gente faz e descobre as pegadas de Deus na história da gente e dos outros. Pois lembrei-me do que disse São João Bosco: “quando um filho sai para o Seminário, o próprio Jesus fica no lugar dele na família”.

Impossibilitado de estar todo tempo ao lado do meu pai, o próprio Afonso o confortou em seus últimos dias. Na presença de Santo Afonso, mais especialmente na presença do Santíssimo Sacramento, agradeci pela vida do meu pai.

A visita continuou no Convento de Pagani, lugar onde Afonso viveu os seus últimos anos.

Ali estão seus aposentos. O mesmo onde recebeu a visita do então Irmão Geraldo Majella quando ocorreu o caso de infâmia orquestrada por Nerea Cagiano. Ali também na janela daquele quarto, Afonso viu o Vesúvio e deu sua bênção, que segundo os relatos, acalmou o vulcão que ameaçava a vida da população ao seu redor.

:: Leia a história da bênção de Santo Afonso que acalmou o vulcão

Também estão no espaço do convento, alguns objetos de uso pessoal da época em que Afonso foi bispo; o púlpito de onde, segundo a história Afonso pediu que um confrade descesse e interrompesse sua homilia pois este utilizava um jargão muito culto e inacessível ao povo.

Outro lugar bastante visitado são os túmulos dos primeiros confrades que moraram naquela residência e de Santo Afonso. Pode-se ver as duas urnas que carregaram seus restos mortais e o caixão no qual foi sepultado. 

Do gosto de Santo Afonso para a música, foi preservado o cravo que utilizava para compor suas canções. 

Em Pagani tudo aponta para Afonso; em tudo, Afonso aponta para Jesus, que aponta para o Pai!


Escrito por
Padre José de Lima Torres, C.S.s.R
Pe. José de Lima Torres, C.Ss.R

Missionário Redentorista

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