Redentoristas

Testemunhas do Redentor, solidários para a Missão num mundo ferido

Escrito por Pe. Michael Brehl, C.Ss.R.

18 ABR 2017 - 08H29 (Atualizada em 18 ABR 2022 - 11H24)

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Por essa total dedicação à missão de Cristo, participam os Redentoristas da abnegação da cruz do Senhor, de sua virginal liberdade de coração, de sua radical disponibilidade pela vida do mundo. Devem, pois, tornar-se perante todos os homens sinais e testemunhas da força de sua ressurreição, ao mesmo tempo que anunciam a vida nova e eterna (Const. 51).

Ao celebrarmos os grandes mistérios de nossa Redenção durante a Semana Santa e a Páscoa, é grande a minha alegria ao saudar-vos e oferecer-vos essas breves reflexões. A Constituição 51 exprime o próprio coração de nossa vocação missionária: somos chamados a participar plenamente e de todo o coração no mistério pascal de Jesus nosso Redentor, de modo a nos tornarmos sinais vivos e testemunhas proféticas da força da ressurreição!

Os Evangelhos nos recordam insistentemente que a força da ressurreição não elimina as feridas da crucifixão. Jesus continua a trazer essas marcas em seu corpo e na sua alma. Convida Tomé a tocá-las e a pôr sua mão no seu peito ferido. Como no-lo recorda o Lema do Sexênio, é neste mundo ferido que nós somos chamados a testemunhar a força da ressurreição para curar e transformar, e para assistir com compaixão os que estão feridos.

A violência em várias partes deste mundo ferido, na Ucrânia, Venezuela, Filipinas, Congo, Síria, Iraque e vários outros lugares são para nós um apelo a uma nova solidariedade na missão junto às pessoas de boa vontade. O medo dos refugiados e imigrantes na Europa, Estados Unidos, Austrália, e em tantas outras nações convida, não a construir muros para segregar pessoas, mas a um testemunho profético de compaixão e acolhida.

:: A experiência de Jesus Ressuscitado como sustentáculo da missão
:: Qual o significado da Oitava Pascal?

A força da ressurreição não nos ‘resgata’, como se por um milagre ou mágica, do mundo ferido, nossa casa comum. Ao invés, a experiência da ressurreição de Jesus nos fortalece para abraçarmos este mundo com compaixão, para assistirmos com esperança e compreensão os que sofrem, e para criarmos novos laços de solidariedade entre nós e com os abandonados e os pobres. São as feridas do próprio Redentor que tocamos ao tocarmos nas feridas do mundo. E o Redentor também toca nossas feridas com sua paz e seu poder de curar.

Como as mulheres no Evangelho da Vigília Pascal, estamos ‘com medo e no entanto com grande alegria’ ao sairmos proclamando a força da ressurreição a todas as nossas irmãs e irmãos. Que a paz e a alegria do Senhor toque e transforme a todos nós! Que Maria, nossa mãe e nosso Perpétuo Socorro nos acompanhe nessa missão do testemunho profético! 

Vosso irmão no Cristo Redentor,

Michael Brehl, C.Ss.R.
Superior Geral da Congregação Redentorista

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