Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 03 MAR 2020 - 14H39

A família "é a resposta ao grande desafio do nosso mundo", diz Papa

O Papa Francisco recordou nesta quarta-feira (30), no Vaticano, a sua recente visita a Cuba e aos EUA, onde encerrou o 8º Encontro Mundial das Famílias, e pediu um novo “modelo de desenvolvimento”.

“A família, fundada sobre o pacto entre homem e mulher, é a pedra angular de toda a sociedade humana, o lugar do nosso nascimento e crescimento. Não existe um verdadeiro crescimento ou progresso real sem salvaguardar a dignidade da família”, declarou, perante cerca de 20 mil pessoas reunidas para a catequese semanal, na Praça de São Pedro.

Após uma viagem de 10 dias, a mais longa do atual pontificado, que se encerrou na última segunda-feira, Francisco insistiu na necessidade de propor a vida familiar, fundada na aliança entre o homem e a mulher, como “resposta” aos problemas que afetam o mundo contemporâneo.   

“A família é a resposta, porque é a célula de uma sociedade que equilibra a dimensão pessoal e a comunitária e que, ao mesmo tempo, pode ser o modelo de uma gestão sustentável dos bens e dos recursos da criação”, assinalou. 

 

“A família é a resposta, porque é a célula de uma sociedade que equilibra a dimensão pessoal e a comunitária e que, ao mesmo tempo, pode ser o modelo de uma gestão sustentável dos bens e dos recursos da criação”, disse Francisco. 

Partindo da “aliança fecunda entre o homem e a mulher”, Francisco sublinhou que a vida familiar surge como antídoto para “a fragmentação e a massificação”, que “sustentam o modelo económico consumista”.

“A família é o sujeito que protagoniza uma ecologia integral, porque é o sujeito social primário, que contém no seu seio os dois princípios base da civilização humana sobre a terra: o princípio da comunhão e o princípio da fecundidade”, sublinhou. 

O Papa evocou as passagens por Washington, Nova Iorque e Filadélfia, para elogiar a “base religiosa e moral” do crescimento dos Estados Unidos da América, essencial para que o país possa continuar a ser “terra de liberdade e de acolhimento”.

“Não é um acaso, mas é providencial que a mensagem, mais, que o testemunho do Encontro Mundial das Famílias venha neste momento dos Estados Unidos da América, isto é, do país que no século passado chegou ao maior desenvolvimento econômico e tecnológico, sem renegar as suas raízes religiosas”, declarou.

Francisco lembrou ainda de seu discurso na sede da ONU, em Nova Iorque, onde convidou a comunidade internacional a “travar e prevenir as violências contra as minorias étnicas e religiosas e contra a população civil”.

Com os cubanos, o Papa disse ainda poder "compartilhar a esperança do cumprimento da profecia de São João Paulo II: 'Que Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba'. Não mais fechamentos, não mais exploração da pobreza, mas liberdade na dignidade”, pediu o Papa. "Este é o caminho a seguir, buscando força nas raízes cristãs daquele povo que tanto sofreu. Símbolo desta unidade profunda da alma cubana é a Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira da Nação". 

Para o Papa a passagem de Cuba aos Estados Unidos foi emblemática pela ponte que está sendo reconstruída. "Deus sempre quer construir pontes; somos nós que construímos muros. E os muros caem, sempre", frisou. 

Ao saudar os inúmeros grupos na Praça São Pedro, o Papa agradeceu a presença dos fiéis brasileiros vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Itu e Campo Grande.

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