O livro-entrevista, “Bento XVI: últimas conversas”, escrito pelo jornalista alemão Peter Seewald, destaca as etapas a vida do Papa Emérito, Bento XVI desde a infância na Alemanha até a renúncia ao papado em 2013.
De acordo com informações do Jornal "Corriere della Sera", único autorizado a publicar trechos do livro, Bento XVI falou da vida antes de ser papa, do pontificado, da eleição de Francisco e a preparação para a morte.
Confira curiosidades que o Papa Emérito conta no livro:
- Particularidades de Bento XVI
O livro revela curiosidades como o hábito de escrever somente a lápis e não com tinta. Na juventude ele era um amante da bicicleta, hábito que deixou quando se tornou bispo. Desde 1997 tinha um marca-passo e enxergava quase nada com o olho esquerdo.
Ao analisar seu pontificado Bento XVI falou do seu ponto fraco, mas não se considerava fracassado.
“O governo prático não é meu ponto forte e este é certamente um ponto fraco. Mas eu não consigo me ver como um fracasso”.
- Renúncia em latim
Bento XVI escreveu sua renúncia algumas semanas antes do anúncio oficial e o texto foi escrito em Latim. “Escrevi em Latim, porque uma coisa tão importante tem que ser em Latim”.
A renúncia de Bento XVI gerou comentários de que o então Papa estava sendo chantageado para renunciar, isso não aconteceu.
“Ninguém tentou me chantagear. Eu não teria ainda permitido [...]. Também não é verdade que fiquei desapontado ou algo assim. Na verdade, graças a Deus, eu estava no humor calmo das pessoas com mais dificuldade.”
- A eleição de FranciscoPara Bento XVI a eleição de Francisco foi uma surpresa, mas um entusiasmo imediato.
“Eu o conhecia , é claro, mas eu não pensei sobre ele. Neste sentido, foi uma grande surpresa. Mas , em seguida, a maneira como ele orou e falou aos corações das pessoas imediatamente acendeu o entusiasmo. Seu calor, sua atenção para outros são aspectos que eu não tinha conhecido. Por isso, foi uma surpresa [...]”
- Preparação para a morte
Próximo do 90 anos de idade o Papa Emérito afirmava que vivia em oração e se preparando para estar na presença de Deus.
“Devemos nos preparar para a morte. Não no sentido de fazer certos atos, mas para viver preparando para passar o último exame diante de Deus. Para deixar este mundo e encontrar-se diante Dele e aos santos, aos amigos e inimigos. Digamos, aceitar a finitude da vida e começar uma viagem para chegar à presença de Deus.
Eu tento fazer sempre a pensar que o fim se aproxima. Eu estou tentando me preparar para esse tempo e estão mantendo isso em mente. O importante é não imaginar, mas viver na certeza de que toda a vida tende a esta reunião”.
O livro de 240 páginas foi traduzido em seis línguas: alemão, francês, polonês, espanhol, inglês e italiano.
:: Bento XVI, o Papa da coragem e da humildade
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