Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 02 MAR 2020 - 12H15

"Missionários da Misericórdia" são um dos símbolos do Ano Santo extraordinário

Mais de mil padres de todos os continentes serão nomeados na próxima Quarta-feira de Cinzas (10) como 'Missionários da Misericórdia'. Os padres receberão o mandato de "perdoar também os pecados que estão reservados à Sé Apostólica". Na celebração que será realizada no Vaticano se farão presentes cerca de 700 Missionários.

O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, dom Rino Fisichella, recorda que a 'Bula Misericordiae Vultus' determina que estes Missionários serão um “sinal da solicitude materna da Igreja pelo Povo de Deus, a fim de que entre em profundidade na riqueza deste mistério tão fundamental para a fé. Serão sacerdotes aos quais darei a autoridade de perdoar também os pecados que estão reservados à Sé Apostólica, de modo que se torne evidente a amplitude de seu mandato”, destaca Francisco no documento. 

Por isso, os Missionários da Misericórdia serão apenas alguns sacerdotes que receberão esta missão diretamente do Papa para ser, em suas próprias dioceses, testemunhas privilegiadas do caráter extraordinário do evento jubilar. O Santo Padre é o único que pode nomear os Missionários, não os bispos, e lhes confiar o mandato de anunciar a beleza da misericórdia de Deus e de ser confessores humildes e pacientes, capazes de perdoar a quantos se aproximem da Confissão. Há missionários em países afastados como: Birmânia, Líbano, China, Coreia do Sul, Tanzânia, Emirados Árabes, Israel, Burundi, Vietnã, Zimbawe, Letônia, Timor Leste, Indonésia, Tailândia, Egito, e  também alguns sacerdotes de rito oriental.

Entre os chamados pecados “reservados”, que só podem ser perdoados pela Santa Sé, de acordo com o Direito Canônico são cinco: a profanação das espécies consagradas, a violência física contra o Papa, a ordenação episcopal sem o mandato pontifício, a tentativa de absolvição do cúmplice em um pecado contra o sexto mandamento (não cometer adultério) e a violação direta do segredo da confissão.

Por outro lado, como já tinha sido anunciado, durante todo o Ano Santo extraordinário qualquer sacerdote vai poder absolver o pecado do aborto, uma faculdade atualmente concedida aos bispos. [leia aqui a notícia sobre essa autorização do Papa]

Além dessa missão por meio do Sacramento da Confissão, os Missionários da Misericórdia poderão desenvolver iniciativas específicas relacionadas com o Jubileu e participar ou organizar missões populares. 

Normalmente, os sacerdotes que se deparam com um desses pecados na confissão escrevem para o Supremo Tribunal da Penitenciaria Apostólica (um dos três tribunais da Cúria Romana) e aguardam a fórmula de absolvição dos pecados e a penitência que deverá ser cumprida. No caso dos Missionários da Misericórdia, a absolvição será logo após o pecado confessado.

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