O Papa Francisco inicia hoje (24) a visita ao primeiro país do mundo a adotar o cristianismo como religião oficial. A visita é marcada pela memória do genocídio armênio e pelo apelo à paz nesta região. 

O lema da visita de Francisco “Visita ao primeiro país cristão” enfatiza essa particularidade da Armênia que adotou o cristianismo no ano 301 d.C., doze anos antes de Roma, sob o impulso de São Gregório, o Iluminador.

Francisco chegou na capital Erevan por volta das 14h50 (7h50, hora do Brasil), para uma visita de três dias onde participará de 16 eventos e 5 discursos. 

Na acolhida no aeroporto internacional ‘Zvartnots’, o Papa foi acolhido pelo presidente do país, Serzh Sargsyan, e o patriarca da Igreja Apostólica local, Karekin II, bem como autoridades civis e religiosas e uma representação dos católicos do país. Um coro infantil saudou Francisco e duas crianças ofereceram ao Papa um cesto de damascos, gesto tradicional de boas-vindas.

No programa da visita de Francisco, o ponto central será a passagem pelo memorial dedicado às vítimas do genocício armênio, na capital do país, no sábado (25). No memorial, o Pontífice vai se reunir com descendentes das vítimas do massacre, incluindo familiares de cerca de 400 crianças que em 1915 foram salvas e ficaram hospedadas na residência pontifícia do então Papa Bento XV.

O Papa encontrará na Armênia uma pequena estrutura eclesiástica de Roma, composta por três bispos, 20 irmãs e 27 sacerdotes. Com mais de 3 milhões de habitantes, a grande maioria pertence à Igreja Apostólica Armênia, a qual se separou da comunhão com Roma no século V, mas mantém com esta o diálogo ecumênico. A Igreja Católica conta com 280 mil fiéis neste país.

São João Paulo II foi o primeiro Papa a visitar a Armênia e também esteve neste memorial, em setembro de 2001.