Por Redação A12 Em Santo Padre

Papa exorta famílias a assumir o compromisso da evangelização

O Papa Francisco falou hoje (02) em sua catequese semanal sobre a responsabilidade da família com a evangelização, seja no âmbito familiar ou comunitário. O Santo Padre apresentou este tema em uma de suas últimas reflexões no contexto das catequeses sobre a família. 

“Voltemos nosso olhar sobre o modo com o qual a família vive a responsabilidade de comunicar a fé, de transmitir a fé, seja ao interno dela ou ao externo”, destacou Francisco.

“Estes laços familiares, dentro da experiência de fé e do amor de Deus, são transformados, são ‘preenchidos’ de um sentido maior e são capazes de ir além deles mesmos para criar uma paternidade e uma maternidade mais amplos, e para acolher como irmãos e irmãs também aqueles que estão à margem de qualquer vínculo”, refletiu o Pontífice. 

Neste contexto, o Papa lembrou do trecho do evangelho de Marcos no qual Jesus responde – apontando para seus discípulos – que ali estão sua mãe e seus irmãos, e não do lado de fora.

“A sabedoria dos laços que não se compram e não se vendem é o dom principal da família. Em família, aprendemos a crescer naquela atmosfera dos laços. A ‘gramática’ se aprende no seio da família, caso contrário é bem difícil aprendê-la. É justamente esta a linguagem por meio da qual Deus se faz compreender por todos”, sublinhou Francisco.

 

"Quando as famílias se deixam 'converter ao testemunho do Evangelho, se tornam capazes de coisas impensáveis...'".

Ao afirmar que a difusão de um “estilo familiar” nas relações humanas é uma bênção para os povos por trazer outra vez a esperança para a Terra, o Papa reforçou um convite especial.

“O chamado a colocar os laços familiares no âmbito da obediência da fé a da aliança com o Senhor não os mortifica; ao contrário, os protege, os desvincula do egoísmo, os cuida do degrado, os coloca a salvo para a vida que não morre”.

Quando as famílias se deixam "converter ao testemunho do Evangelho, se tornam capazes de coisas impensáveis, que fazem tocar com as mãos as obras que Deus realiza na história, como aquelas que Jesus fez para os homens, as mulheres que as crianças que encontrou”, refletiu Francisco.

Protagonismo da família

O Papa então auspiciou que seja restituída à família – a partir da Igreja – o protagonismo de poder responder ao chamado de Jesus e ser maestra do mundo com base na aliança do homem e da mulher com Deus.

 

"...Devemos sair das torres e dos quartos blindados das elites para voltar a frequentar as casas e os espaços abertos das multidões".

“Pensemos ao desenrolar deste testemunho, hoje. Imaginemos que o leme da história (da sociedade, da economia, da política) seja entregue – finalmente! – à aliança do homem e da mulher, para que o governem com o olhar voltado às gerações futuras. Os temas da terra e da casa, da economia e do trabalho, tocariam uma musica muito diferente”, idealizou o Pontífice.

Ao final da catequese, Francisco fez um apelo a todas as famílias para que assumam o seu compromisso evangelizador. “Nenhuma engenharia econômica e política é capaz de substituir esta contribuição das famílias... Devemos sair das torres e dos quartos blindados das elites para voltar a frequentar as casas e os espaços abertos das multidões”. E acrescentou: “rezem por mim, rezemos uns pelos outros, para que sejamos capazes de reconhecer e apoiar as visitas de Deus. O Espírito trará uma bagunça saudável às famílias cristãs, e a cidade do homem sairá de sua depressão”.

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