A Mulher do Capítulo VIII

Os padres conciliares buscaram na Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM – "De Eclesia” – do Concílio Ecumênico Vaticano II, reafirmar ao mundo que Deus quis revelar-se e realizar a salvação da humanidade a partir de um projeto que andou na contramão da lógica humana, pois tal salvação se dá por seu Filho, tendo nascido de uma mulher (Cf. Gl 4, 4), ou seja, nascido de uma pessoa inserida na realidade humana, sob a Lei, a fim de resgatar os que também estavam sob esta condição. A saber: nascido da Virgem Maria, que agraciada de maneira especial pelos méritos de seu Filho e permanecendo junto d’Ele recebeu a prerrogativa e a dignidade de Mãe de Deus – na pessoa de Jesus. Essa mulher, privilegiada de modo admirável e sendo a filha predileta de Deus Pai, tornou-se portadora do Espírito Santo com sua livre adesão.

:: A imagem da Mulher na Bíblia é a Filha predileta do Pai
:: A Virgem Maria no Concílio Vaticano II

Desta forma, Maria é aquela que, constantemente, continua gerando em seu ventre (Cf. LG 64), tornando-se Mãe dos membros de Cristo e assim, também ela é membro, mas eminente e absolutamente singular da Igreja (Cf. LG 53).

O capítulo VIII da Lumen Gentium vai terminando e nos dando ainda mais esperança, ao reafirmar que uma mulher está no céu de corpo e alma, possibilitando essa mesma graça aos que caminham neste mundo rumo à salvação (Cf. LG 68).

Alessandro Barbosa
Teólogo e Pós-Graduando em Mariologia. Associado da Academia Marial.