Por Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R. Em Artigos

Assunção de Maria ao céu - Leitura bíblico-eclesial

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A Virgem Mãe foi glorificada no Filho e por Ele por sua fidelidade extrema ao chamado de Deus. Qual? A cooperação com a Graça da salvação. É o auge do mistério de sua vinda. A realização daquele projeto da infinita bondade de um Deus que nos ama e por isso, nos criou e renovou depois do pecado a nossa chance de salvação em Cristo. Portanto, a Assunção significa a plenitude da salvação realizada por Jesus no ponto mais alto do mistério de sua vinda a nós na carne. Por isso, Maria é vista no Evangelho como aquela que viveu “atenta às coisas do alto” (oração). Agora com certeza participa da glória do Senhor. A realidade do alto! Está nela assunta!

A vocação de Deus à Maria é comparada à função da Arca da Aliança no meio do povo escolhido. Ela é o grande sinal da divindade, pois ela carrega em si o germe da salvação, a semente do Verbo de Deus. O Filho bendito de seu seio imaculado. É a 1ª flor do ressuscitado! É o sinal da vitória de nosso Deus contra o poder do mal. Com o Cristo, primícias de um povo ressuscitado, Maria caminha à nossa frente. É vanguarda de nossa superação do pecado!

Por isso, o evangelho documenta desde o início da Igreja, a presença de Nossa Senhora no culto de adoração e louvor a Deus, na fé em Jesus, na fidelidade ao seu seguimento em meio às provações geradas pela ambição do poder e orgulho humano. O texto de Lucas: Anúncio do nascimento de Jesus, Visita de Maria a Isabel, o Magnificat (1,26-56), transmite o ensino primordial sobre qual foi a participação de Maria na obra salvadora de Deus. Chamada, ela ouviu, acreditou e colaborou! Serviu! Carregou a riqueza da salvação, sendo a humilde donzela de Nazaré. Maria está no Evangelho da infância (Lucas) não apenas como alguém envolvido num dado histórico. Está ali como portadora da alegre certeza da salvação de Jesus para todos os homens e mulheres, em todos os tempos. E o é porque viveu em suprema fidelidade o serviço a Deus e aos outros. Isabel o diz: bem-aventurada! Feliz com a glória do Senhor!

 

Maria assunta ao céu, chegou antes de nós. De lá nos acena para mantermos a esperança na peregrinação.

Seu estado de felicidade contrasta e questiona aquela buscada no dinheiro, no poder, na fama, na ambição humana. Maria é feliz porque é a “pobre de Javé”, ou seja, é a pessoa que se esvaziou de si mesma para tornar-se cheia de Deus. Representa então o novo povo de Deus, salvo do poder do mal. Resgatado do orgulho e prepotência dos poderosos do mundo! O povo remido na graça de Cristo e por Ele irmanado. Não é povo dividido em ricos e pobres segundo o critério da posse de bens materiais. É o povo do Senhor, rico de Deus. Quem acolhe o dom de Deus que é Jesus torna-se rico da sua salvação e caminha para sua glória. Ela percorreu o itinerário da Igreja, o povo destinado ao “novo céu e à nova terra” (Apocalipse 21). Maria assunta ao céu, chegou antes de nós. De lá nos acena para mantermos a esperança na peregrinação. Fiéis na vocação cristã. Empenhados no esforço pessoal e comunitário de seguir Jesus, viver conforme seu Evangelho, superar nossas fraquezas e tentações.

Que ela nos abençoe! Amém!                                                                                 

Maria assunta ao céu, chegou antes de nós. De lá nos acena para mantermos a esperança na peregrinação.
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