Por Lúcia Muniz Em Catequese Atualizada em 06 DEZ 2019 - 16H14

Dogma de Fé - Imaculada Conceição

Introdução

Na reflexão que apresentamos sobre o Dogma Mariano - Imaculada Conceição -, teceremos algumas considerações sobre: , a partir da Carta Apostólica – Porta Fidei -, do Papa Bento XVI; dogma”, o entendimento conceitual, etimológico e dados históricos; o dogma da Imaculada Conceição: breve histórico, base bíblica, base conteudal e alguns ensinamentos.

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Fé é...

“[...] O Papa veio a Aparecida com viva alegria para nos dizer em primeiro lugar: Permaneçam na escola de Maria. Inspire-se em seus ensinamentos. Procurem acolher e guardar dentro do coração as luzes que Ela, por mandato divino, envia a vocês a partir do alto”.[1] Cremos que na Escola de Maria devemos ser eternos aprendizes. E, assim pensando, antes de pontuarmos os elementos fundantes do dogma da Imaculada Conceição, refletiremos um pouco sobre Fé a partir do pensamento do Papa, Bento XVI. Ele diz:

“A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E “estar com Ele” introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. [...] A própria profissão da fé é um ato simultaneamente pessoal e comunitário. De fato, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comunidade cristã que cada um recebe o Batismo. [...] Como se pode notar, o conhecimento dos conteúdos da fé é essencial para dar o próprio assentimento, isto é, para aderir plenamente com a inteligência e a vontade a quanto é proposto pela Igreja”.[2]

O entendimento de Bento XVI sobre a fé é encantador, fascinante. Pontua para nós leigos, uma série de elementos que ampliam substancialmente nossa compreensão, que podemos até dizer, antes restrita e limitada, para uma dimensão que transcende os limites do espiritual, religioso e racional. Esta visão ampliada da fé compromete o cristão com o social, o político, a liberdade do existir responsável com o pessoal e coletivo que nos leva a uma decisão inteligente e de vontade – EU CREIO. Então, em que (algo) ou em quem (pessoa) eu creio?

É o cardeal Ratzinger que nos responde. Ele diz:

“A fé cristã é mais que uma opção por um fundamento espiritual do mundo, e é por isso que a sua fórmula central não diz “Creio em algo”, e sim “Creio em ti”. Ela é o encontro com o homem Jesus, e nesse encontrar-se ela experimenta o sentido do mundo como pessoa. [...] O sentido do mundo é o tu, mas apenas aquele tu que não é ele próprio uma pergunta em aberto e sim o fundamento de tudo aquilo que não carece de outro fundamento”.[3]

A beleza do desabrochar da fé humana é um processo lento, inesgotável e requer do sujeito abertura para o toque do Divino que permiti que ele estabeleça com Deus o processo dialogal. Quando o EU vai ao encontro do TU e nele acontece a interlocução entre pessoas, aí então acontece o CREIO EM TI e o sujeito não pode ser mais o mesmo. Ele, no mundo, vai ao encontro do OUTRO para anunciar a grandeza imperdível da revelação.

Para resumir esse entendimento conceitual sobre fé vamos ao Catecismo da Igreja Católica, capítulo III – A resposta do homem a Deus-, artigo II – Nós cremos:

“A fé é uma adesão pessoal do homem inteiro a Deus que se revela. Ela inclui uma adesão da inteligência e da vontade à Revelação que Deus fez a si mesmo por suas ações e palavras. Por conseguinte, “crer” tem uma dupla referência: à pessoa e à verdade; a verdade, por confiança na pessoa que a testa”. [4]

Maria é para nós, mulheres e homens a plenitude da beleza humana desabrochada na fé. É o modelo de criatura que nos diz que, é possível ser no mundo uma pequena Maria. Observemos o que diz Pe José Kentenich[5] sobre ser uma pequena Maria.

Faça-se a `pequena Maria´. O que entendemos ao dizer: pequena Maria? Quero me limitar e apontar só duas respostas. (...). Na boca da mulher significa Nossa Senhora é para mim a forma feminina da figura de Cristo. Portanto, se eu, como mulher, como moça, quiser saber de que modo devo encarnar a imagem do Salvador, basta eu olhar para a face, para a vida da querida Mãe de Deus. (...) Mas, se eu, como homem, rezar assim, o que isso quer dizer? Quer dizer principalmente, não exclusivamente: dá-me o ser aberto como criatura, não somente para Deus e Pai do céu, mas também e principalmente para Cristo. Como criatura eu gostaria de estar aberto para Cristo como Nossa Senhora o esteve”.[6]

Quando o homem busca Deus, ele descobre que antes dele ir a Deus, Deus já estava nele pelo poder da graça original. Então, revelação e graça original são um dos suportes da fé, que nos leva a compreender a Imaculada Conceição como dogma de fé.

Dogma é...

O que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre: “dogmas”.

88. O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária.

89. Há uma conexão orgânica entre nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.

90. Os laços mútuos e a coerência dos dogmas podem ser encontrados no conjunto da Revelação do Mistério de Cristo. Existe uma ordem ou ´hierarquia´ das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas com o fundamento da fé cristã é diferente. [7]

 A palavra “dogma” vem do grego, que significa decisão, decreto. A teologia é objetiva quando diz que, dogma é uma definição clara, precisa e definitiva de uma verdade revelada por Deus. Logo, percebemos que não é uma invenção da Igreja, mas substancialmente uma formulação inequívoca de verdades pertencentes à Revelação, definidas de tal forma para que os cristãos saibam, sem vacilar, o que se deve crer sem questionar.

Para Murad, “os dogmas são como placas que indicam o caminho da nossa fé. Foram criados para ajudar a comunidade eclesial a se manter no rumo do Santuário vivo, que é Jesus. Funcionam como balizas, sinalizadores, arrimos e proteção”.[8]


Dogmas – dados históricos

Nos primeiros séculos do Cristianismo começaram a surgir inquietações, questionamentos, diversas interpretações que, as pessoas davam, apesar de lerem o mesmo texto bíblico, a situações que, por vezes, no olhar humano era contrário. Um exemplo dessa ambiguidade estava na crença de um só Deus em pessoa três: o Pai criador, o Filho redentor e o Espírito Santo santificador. Diante de tais fatos a Igreja institui os dogmas, verdades de fé, como por exemplo: a formulação da doutrina da Santíssima Trindade, a existência de Deus, a ressurreição de Cristo, a presença real de Cristo na Eucaristia e outros. Assim, os dogmas são definidos mediante uma declaração explícita e solene de um Concílio, sínodo ou do Santo Padre, o Papa.

A partir do século XIX, somente os Papas, após consultar os bispos, instituíram os dogmas. Os dogmas marianos da Imaculada e da Assunção passaram por esse processo. Os dogmas da maternidade divina, da virgindade como o da Imaculada Conceição e Assunta aos Céus não esgotam a divindade e missionaridade de Maria. A figura de Maria de Nazaré, sua dimensão humana e histórica, sua travessia na fé, demarca o papel chave que ela tem na história da salvação. O PE Kentenich falando sobre Maria diz:

“Recordem como Nossa Senhora possui um lugar chave em toda a história da dogmática. Sua pessoa é um compêndio, toda a doutrina da fé, um compêndio da dogmática. Por que razão? Porque a sua própria pessoa é objeto de fé e está envolvida no mundo objetivo, absolutamente seguro e infalível pelos dogmas”. (Educación Mariana para el Hombre de Hoy, p. 184)

Dogma da Imaculada Conceição – breve histórico

A doutrina da Imaculada Conceição, ao longo da história da Igreja, não foi aceita por todos, em todos os tempos e lugares. Grandes pensadores, teólogos tinham posições contrárias sobre a Virgem Santa Maria, como por exemplo: Agostinho, no século V, afirma a total ausência de outros pecados em Maria, mas não do Pecado Original, pois para ele a chegada de Maria ao mundo, não difere da vinda de todos nós mortais, descendentes de Adão. Já o teólogo dominicano Tomás de Aquino defendia a tese que Maria teria sido purificada do Pecado Original durante a gestação.

No século XII, o beneditino, Eadmer de Cantuária no seu Tratado sobre a Conceição da Beata Maria Virgem, utiliza uma metáfora que se tornou famosa: “a concepção imaculada de Maria seria como a castanha que sai de um fruto espinhoso (o pecado) sem ser ferida por ele. Eadmer cunhou o argumento de conveniência”.[9] Coube ao franciscano Duns Scoto dar a resposta que orientaria a teologia. Ele cria a expressão “pré-redenção”, ou seja, em Maria a graça atuou de forma preventiva. Maria foi preservada do pecado original em previsão dos méritos de Cristo. Isto significa dizer que, sem essa graça especial, também ela teria tido o pecado original.

No século XIX, crescia a devoção do povo católico a Maria e, foi aí que a Igreja toma uma posição com o Papa Pio IX que, em 1848 instituiu uma comissão teológica de especialistas para estudar a possibilidade da proclamação do dogma da Imaculada e, em 1849 escreve uma carta a todos os bispos do mundo pedindo a opinião sobre o assunto. Tendo a resposta sido quase unânime em favor da proclamação, então o Papa aos 8 de dezembro de 1854, na Bula “Ineffabilis Deus”, define oficialmente o dogma da Imaculada Conceição. Pio IX declarou:

“A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda a mancha de pecado original, essa foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida, firme e inviolável por todos os féis”. [10]

Assim, Pio IX proclama a verdade sobre a Imaculada Conceição de Maria como dogma de fé. Na bula Papal ele declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, desde a sua Conceição, ou seja, que Maria foi preservada desde sempre da mácula do pecado original, no qual nascem todos os filhos de Adão. A Virgem Maria foi desde o início da sua vida, toda pura, santa e imaculada.

Em Maria, começa o processo de renovação e purificação do homem. Maria é toda santa, toda de Deus, protótipo do que somos chamados a ser. Dom Murilo Krieger, assim diz de Maria:

“É fonte de santidade para a Igreja: também nós, à medida que crescemos na santidade, santificamos a Igreja. Sua missão a une a nós: precisamos de Cristo para a salvação; Maria é quem nos deu Cristo, o Salvador, Em Maria e em nós atua a mesma graça: se Deus pôde realizar nela o seu projeto, também poderá realizá-lo em nós, desde que colaboremos com a sua graça, como ela o fez. Maria é a criatura humana em seu estado melhor”. [11]

Dogma da Imaculada - Base Bíblica

Na Sagrada Escritura não há um texto bíblico que afirme claramente e de forma direta a Imaculada Conceição de Maria, como também, na Bíblia não se encontra a expressão - imaculada. De forma indireta podemos dizer que em duas passagens bíblicas encontramos o fundamento desta verdade de fé: “Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. (Gn 3,15). Sabemos que Cristo e Maria são inimigos do demônio. Então, como poderia a Mãe do Filho de Deus ficar sob o domínio do demônio, mesmo que em breve tempo? Como poderia Jesus ter nascido de uma mulher sujeita ao pecado?

Em outra passagem bíblica temos outro sinal. “Entretanto onde ela estava, disse-lhe: Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”. (Lc 1,28). Maria está transbordando da graça de Deus. Completamente agraciada de Deus, não havia, em seu coração espaço para o pecado. Além dessas duas passagens bíblicas, podemos dizer que há outros horizontes de compreensão na Bíblia que ajuda a situar o dogma da Imaculada num contexto teológico mais amplo. Seriam os seguintes textos: (Ef 1,4), (Jr 1,5), (Is 49,1 – Segundo o cântico do Servo), (Rm 5,20), que o leitor pode consultar.

Dogma da Imaculada – Base Conteudal

O que diz o CIC sobre a Imaculada Conceição:

490. Para ser a Mãe do Salvador, Maria “foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função”. No momento da Anunciação, o anjo Gabriel a saúda como “cheia de graça”. Efetivamente, para poder dar o assentimento livre de sua fé ao anúncio da sua vocação era preciso que ela estivesse totalmente sob a monção da graça de Deus.[12]

A partir desta afirmação, podemos fazer algumas considerações. Maria foi livre do pecado desde o inicio da sua vida, em função de sua missão como Mãe do Filho de Deus e por especial privilégio a ela concebido, ao contrário de todos os seres humanos que nascem com o pecado original.

Maria, por graça especial de Deus, em virtude dos méritos de Cristo, foi pré-remida. Difere de todos nós batizados em que a graça opera uma redenção restauradora, ou seja, libertadora, porque o homem precisa ser libertado do pecado; em Maria Deus operou uma redenção preventiva, isto é, preservou-a do pecado, dotando-a por antecipação dos méritos da redenção operada por Jesus Cristo em favor de todo o gênero humano. Assim, entendemos porque Maria é chamada de a primeira remida.

Nos primeiros séculos do Cristianismo a Igreja já afirmava a perfeita santidade de Maria, ou seja, que ela, além de concebida imaculada, foi livre do pecado em toda a sua vida. Como na saudação do anjo Gabriel na Anunciação, (cf. Lc 1,28), ela é a “cheia de graça”, por isso plenamente remida.

Vale também dizer, que algumas pessoas, às vezes confundem o dogma da Imaculada Conceição com a da sua virgindade. São duas coisas diferentes (sugerimos rever o dogma da maternidade divina e da virgindade perpétua de Maria). Outra ideia deturpada é pensar que a verdade da Imaculada Conceição seria Maria ter concebido Jesus sem pecado, pelo fato da concepção ter sido virginal. Essa ideia tem uma visão deturpada de sexualidade, que vê no sexo a fonte do pecado.

Dogma da Imaculada – alguns ensinamentos

Podemos destacar alguns ensinamentos que o dogma nos oferece. Um deles é a reafirmação que o nosso Deus é o Deus da Aliança e, mesmo com o pecado, Ele não desiste do seu plano de amor para com toda a humanidade. O Senhor, logo após o pecado de Adão e Eva, anuncia em Gênese: “Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre a tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. (Gn 3,15). Aqui é o anúncio da retomada da aliança.

O anjo Gabriel na sua saudação a Maria, na anunciação - cheia de graça -, equivale a dizer que, Maria está repleta de Deus e de seus dons, não podendo haver nela espaço para o pecado.

 

O dogma da Imaculada Conceição nos ensina que a vida de Maria começa com a marca da graça.

Este é o grande ensinamento. Toda iniciativa vem de Deus de forma gratuita, simplesmente por amor. “E a graça só se torna efetiva, realizando assim o projeto salvífico de Deus, quando o ser humano acolhe a proposta divina. [...] Sem a resposta humana, que é possibilitada pelo mesmo Deus, a Graça não se consuma na história”. (Murad, 2012)[13]

Deus, em Maria, resgata o modelo ideal de relacionamento entre Criador e criatura, ou seja, relação humana como Pai e filhos. Maria, remida pelo sangue do seu próprio Filho e imaculada desde a sua concepção, revela a ´nova criatura´ em Cristo. Ela brilha como o ideal do novo homem.

“A Mãe de Deus é o ser que foi criado segundo a natureza humana do Homem-Deus. Ela é o único ser que foi criado no estado de ser paradisíaco. Ela é o que restou do paraíso. Ela é a única que Deus preservou para si, que Deus preservou do pecado original e da ruína do pecado. Ela será o novo ser a partir do qual deve surgir um novo plano para o mundo, um novo plano de salvação”. (Kentenich, 1931).[14]

Maria responde de maneira total ao chamado de Deus, aí está o segredo da “bendita entre todas as mulheres”. O Sim de Maria não foi uma submissão passiva, mas uma filialidade e fidelidade eterna ao Pai, que a fez mãe, rainha, educadora e perfeita discípula de Jesus. Graça e liberdade não são condições antagônicas do ser, ao contrário, eu me torno cada vez mais livre, na medida em que me deixo iluminar por Deus. Assim aconteceu com Maria! Murad, diz:

Imaculada significa inteireza, liberdade profunda em Deus, significa bem mais do que o livre-arbítrio para fazer escolhas. Essa liberdade é ao mesmo tempo dom (recebido gratuitamente de Deus) e conquista (cultivado dia a dia, confirmado em cada opção, a ponto de constituir um projeto de vida)”.[15]

O fato de Maria nunca ter pecado não a torna incapaz de pecar, afinal ela é humana. A ausência de pecado em Maria é um dom, que não lhe tira a liberdade nem tampouco sua fragilidade de criatura, para poder na fé aprender a acrescer, evoluir como ser humano. Maria não nasceu pronta. Ela também passou pelo duro processo do aprender para existir. Viveu momentos de dúvidas, questionamentos, incerteza, escuridão como todo ser humano, mas o que a difere de nós é a sua plena convicção em seguir positivamente na trilha da fé para o Senhor.

Para finalizar este ensaio que fizemos sobre o Dogma da Imaculada Conceição, voltemos a Porta Fidei e apreciemos o que diz Bento XVI sobre Maria na travessia da fé.

“Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1,38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1,46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigênito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2,6-7). Confiando em José seu Esposo, levou Jesus para o Egito a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt. 2,13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu ao seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo. 19,25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2,19.51), transmitiu-a aos doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. At. 1,14; 2,1-4)”.[16]

 Lúcia Muniz
 Pedagoga. Associada da Academia Marial de Aparecida. Membro da Lafs/Movimento Apostólico de Schoenstatt.

[1] DAP 270 - Bento XVI, Discurso no final do Santo Rosário no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, 12 de maio de 2007.
[2] Carta Apostólica/Porta Fidei, Bento XVI. 2011, p. 14-15.
[3] RATZINGER, Joseph. Introdução ao Cristianismo. Preleções sobre o Símbolo Apostólico. 2006, p. 59.
[4] CIC 176-177 p. 57.
[5] Pe José kentenich é o fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt, 18/10/1914.
[6] KENTENICH, José. Com Maria ao Novo Milênio, p. 35.
[7] CIC 88-90, p. 36-37.
[8] MURAD, Afonso. Maria toda de Deus e tão humana. Compêndio de Mariologia. P. 127.
[9] Ibid, 164.
[10] PIO IX. Ineffabilis Deus, - Dogma da Imaculada Conceição. Bula Papal (1854). In Monfort, Associação Cultural.
[11] KRIEGER, Murilo S. R. Com Maria, a Mãe de Jesus. 2002, p. 114.
[12] CIC 490 p. 138.
[13] Ibid, p. 173.
[14] KENTENICH. Com Maria ao Novo Milênio. 1931, p. 121.
[15] Ibid, p. 173.
[16] Bento XVI, Porta Fidei, p. 19-20. 

REFERÊNCIAS.
BÍBLIA SAGRADA DE JERUSALÉM.
BENTO XVI. Porta Fidei. Carta Apostólica. 2011.
Catecismo da Igreja Católica. Edição Típica Vaticana.
Documento de Aparecida. Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.
MURAD, Afonso. Maria toda de Deus e tão humana. Compêndio de Mariologia. Aparecida/São Paulo, Ed. Santuário, 2012.
KENTENICH, José. Com Maria ao Novo Milênio. Textos escolhidos sobre a missão de Nossa Senhora, Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt. Santa Maria, 2001.
KRIEGER, Murilo S. R. Com Maria a Mãe de Jesus. São Paulo, Paulinas, 2002
RATZINGER, Joseph. Introdução ao Cristianismo. Preleções sobre o Símbolo Apostólico. São Paulo, Ed. Loyola, 2006.

 

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Imaculada Conceição: sentido do dogma

O dogma da Imaculada Conceição nos ensina que a vida de Maria começa com a marca da graça.
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