Por Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R. Em Grão de Trigo Atualizada em 02 OUT 2017 - 13H03

Homilia 33º Domingo do Tempo Comum

biblia

Homilia 33º Domingo do Tempo Comum
(Mc 13,24-32)

O presente é provisório, mas o futuro já começou!

 A vida terrena, a habitação na ‘cidade dos homens’ é passageira. Jesus nos alerta que nada é definitivo nesta passagem. Tudo é provisório. Somente Deus e seu amor nunca passam. Ele é o absoluto da vida, é o fim da História. Aí, a vitória final será de Deus através de Jesus Cristo que embora “filho do homem”, isto é, um de nós, será o único juiz de todos os homens. O juízo final reunirá os eleitos de Deus junto Dele pondo fim a toda aflição e toda injustiça. Vai chegando o fim do ano e o calendário litúrgico da Igreja nos faz essas considerações da fé sobre o fim das coisas e a transitoriedade da vida terrena. É a reflexão escatológica! Escatologia significa: os últimos acontecimentos. É uma ciência, melhor até, é uma sabedoria globalizante, pois atinge a essência mesma do viver, qualifica tudo o que projetamos ser e fazer. A sabedoria de pensar e refletir sobre o horizonte final do homem e da história. A escatologia refere-se às últimas coisas que vão acontecer e é como uma bússola que aponta o rumo a seguir. Esse tipo de reflexão não pode ser descartado nem deixado para depois, mais tarde. Deixado para um futuro alienante.

Na profissão da fé cristã, o fim de tudo vai chegar um dia, com certeza, mas numa data incerta e não sabida. Na verdade o fim já está chegando. Ele já vem vindo! Em relação ao juízo de Deus e a realização definitiva do seu projeto sobre os homens e a História não existe futuro distante. É algo iminente! Tão iminente que se faz urgente, ou seja, está aí; está acontecendo! Mas será pleno e definitivo na glória. O cristão, a cristã são cidadãos de duas cidades ao mesmo tempo, a da terra e a do céu. A provisória e a definitiva. Está aqui na cidade terrena, mas a caminho da celeste. Vive em contínua tensão para o fim. Logo a consciência escatológica ou do fim exorta-nos a sempre estar preparados e vigilantes quanto à hora final, hora incerta e não sabida, mas urgente aqui e agora. Até perseguições e dificuldades nos estimulam a estar vigilantes e perseverar no caminho da fé. Ler: Mc. 13,24-32.                                                                                   

 É intenção do texto transmitir ao leitor esperança no confronto com as tribulações. A certeza da vitória final. Não quer passar o medo. O medo de acontecimentos trágicos, castigos divinos ou coisas ruins não é um bom motivo para seguirmos Jesus Cristo e praticar o seu Evangelho. A fé cristã nos mantem vigilantes quanto à sua vinda porque é um hino de esperança na sua vitória final. Quando passavam por perseguições terríveis, nossos irmãos e irmãs na fé lá do começo da Igreja rezavam com fervor: “Vem, Senhor Jesus”. Tinham o discernimento crítico nas aflições e incertezas prevenindo-se do vazio espiritual por meio de uma prática religiosa consciente, atenta e vigilante. O senso crítico escatológico prolonga nosso olhar lá para o horizonte final, momento definitivo da vitória do Senhor Jesus. Virá como “Filho do homem”, ou seja, como juiz soberano sobre a vida de todos, e dirá a última palavra reunindo os eleitos de Deus e separando-os dos que não o são.

  A catequese de São Marcos sobre o Dia do Senhor ou o final da História e do mundo, está narrada com imagens apocalípticas. É um modo figurado e enérgico da linguagem, um gênero literário, para descrever a escatologia ou acontecimentos finais. Muito usado na Bíblia. Aliás, o último livro - Apocalipse- é todo ele composto nesse estilo. Pinta visões aterradoras, catástrofes, tragédias e desgraças. Mas termina animando a esperança: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: ‘Sim, venho em breve’. Amém! Vem, Senhor Jesus” (Ap.22,20). Esta esperança está presente na advertência de Jesus quando dizia aos discípulos: “O Filho do Homem está próximo, junto a suas portas... Passará o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão” (v.29; 31).

O texto escatológico de São Marcos parece coincidir com os fatos históricos relativos à destruição de Jerusalém e do Templo judeu. Nos anos 70 DC o exército romano sitiou a cidade numa guerra feroz. Depois disso os cristãos que viviam em Roma eram confundidos com os judeus e foram perseguidos a ferro e fogo. Os cristãos judeus que moravam na Judéia se dispersaram e foram acusados como culpados pelos fariseus.

        

 A passagem de Maria

Nossa Senhora viveu o discipulado já na descoberta inicial. Na verdade, ela abriu o caminho: o Verbo “passou da eternidade para o seu ventre”. A partir daí ela foi repensando os acontecimentos procurando discernir os sinais do Reino na vida com o Filho. Com total confiança guardou a promessa dele: “O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não passarão” (Mc. 13,31). Com sua ajuda perseveremos na fé com atitudes conscientes de vigilância e juízo crítico sobre tudo o que ocorre no mundo ao nosso redor. Assim, atentos aos sinais de Deus jamais esqueceremos o horizonte final: a cidade do céu.                                                                                                                                      

 

O presente é provisório, mas o futuro já começou!

 

 

         A vida terrena, a habitação na ‘cidade dos homens’ é passageira. Jesus nos alerta que nada é definitivo nesta passagem. Tudo é provisório. Somente Deus e seu amor nunca passam. Ele é o absoluto da vida, é o fim da História. Aí, a vitória final será de Deus através de Jesus Cristo que embora “filho do homem”, isto é, um de nós, será o único juiz de todos os homens. O juízo final reunirá os eleitos de Deus junto Dele pondo fim a toda aflição e toda injustiça. Vai chegando o fim do ano e o calendário litúrgico da Igreja nos faz essas considerações da fé sobre o fim das coisas e a transitoriedade da vida terrena. É a reflexão escatológica! Escatologia significa: os últimos acontecimentos. É uma ciência, melhor até, é uma sabedoria globalizante, pois atinge a essência mesma do viver, qualifica tudo o que projetamos ser e fazer. A sabedoria de pensar e refletir sobre o horizonte final do homem e da história. A escatologia refere-se às últimas coisas que vão acontecer e é como uma bússola que aponta o rumo a seguir. Esse tipo de reflexão não pode ser descartado nem deixado para depois, mais tarde. Deixado para um futuro alienante.

 

         Na profissão da fé cristã, o fim de tudo vai chegar um dia, com certeza, mas numa data incerta e não sabida. Na verdade o fim já está chegando. Ele já vem vindo! Em relação ao juízo de Deus e a realização definitiva do seu projeto sobre os homens e a História não existe futuro distante. É algo iminente! Tão iminente que se faz urgente, ou seja, está aí; está acontecendo! Mas será pleno e definitivo na glória. O cristão, a cristã são cidadãos de duas cidades ao mesmo tempo, a da terra e a do céu. A provisória e a definitiva. Está aqui na cidade terrena, mas a caminho da celeste. Vive em contínua tensão para o fim. Logo a consciência escatológica ou do fim exorta-nos a sempre estar preparados e vigilantes quanto à hora final, hora incerta e não sabida, mas urgente aqui e agora.  Até perseguições e dificuldades nos estimulam a estar vigilantes e perseverar no caminho da fé. Ler: Mc. 13,24-32.

                                                                                    

         É intenção do texto transmitir ao leitor esperança no confronto com as  tribulações. A certeza da vitória final. Não quer passar o medo. O medo de acontecimentos trágicos, castigos divinos ou coisas ruins não é um bom motivo para seguirmos Jesus Cristo e praticar o seu Evangelho. A fé cristã nos mantem vigilantes quanto à sua vinda porque é um hino de esperança na sua vitória final. Quando passavam por perseguições terríveis, nossos irmãos e irmãs na fé lá do começo da Igreja rezavam com fervor: “Vem, Senhor Jesus”.  Tinham o discernimento crítico nas aflições e incertezas prevenindo-se do vazio espiritual por meio de uma prática religiosa consciente, atenta e vigilante. O senso crítico escatológico prolonga nosso olhar lá para o horizonte final, momento definitivo da vitória do Senhor Jesus. Virá como “Filho do homem”, ou seja, como juiz soberano sobre a vida de todos, e dirá a última palavra reunindo os eleitos de Deus e separando-os dos que não o são.

 

         A catequese de São Marcos sobre o Dia do Senhor ou o final da História e do mundo, está narrada com imagens apocalípticas. É um modo figurado e enérgico da linguagem, um gênero literário, para descrever a escatologia ou acontecimentos finais. Muito usado na Bíblia. Aliás, o último livro - Apocalipse- é todo ele composto nesse estilo. Pinta visões aterradoras, catástrofes, tragédias e desgraças. Mas termina animando a esperança: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: ‘Sim, venho em breve’. Amém! Vem, Senhor Jesus” (Ap.22,20). Esta esperança está presente na advertência de Jesus quando dizia aos discípulos: “O Filho do Homem está próximo, junto a suas portas... Passará o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão” (v.29; 31).

 

         O texto escatológico de São Marcos parece coincidir com os fatos históricos relativos à destruição de Jerusalém e do Templo judeu. Nos anos 70 DC o exército romano sitiou a cidade numa guerra feroz. Depois disso os cristãos que viviam em Roma eram confundidos com os judeus e foram perseguidos a ferro e fogo. Os cristãos judeus que moravam na Judéia se dispersaram e foram acusados como culpados pelos fariseus.

        

                  A passagem de Maria

 

         Nossa Senhora viveu o discipulado já na descoberta inicial. Na verdade, ela abriu o caminho: o Verbo “passou da eternidade para o seu ventre”. A partir daí ela foi repensando os acontecimentos procurando discernir os sinais do Reino na vida com o Filho. Com total confiança guardou a promessa dele: “O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não passarão” (Mc. 13,31). Com sua ajuda perseveremos na fé com atitudes conscientes de vigilância e juízo crítico sobre tudo o que ocorre no mundo ao nosso redor. Assim, atentos aos sinais de Deus jamais esqueceremos o horizonte final: a cidade do céu.                                                                                                                                                 

                                                                                                                      13-11-15

 

Pe. Antonio Clayton Sant’Anna- CSsR.                 

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