Neste domingo (02) estiveram presentes no Santuário Nacional de Aparecida membros de diversas Igrejas Armênias para celebrar o centenário do genocício ocorrido contra o povo armênio, em 1915, e recordar as mais de 1,5 milhão de pessoas que foram mortas nos massacres realizados pelo Império Otomano.
A celebração ocorrida às 8h, foi presidida pelo Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, no Altar Central. Estavam presentes o embaixador da República de Armênia, H.E. Mr. Ashot Galoyan, a Cônsul honorária da República de Armênia em São Paulo, Ms. Hilda Diruhi Burmaian, o representante da Igreja Apóstolica Armênia do Brasil, Dom Nareg Berberian, o Bispo da Igreja Armênia Católica Dom Vartan Waldir Boghossian, o padre Der Boghos Baronian e o Presbitero Vartan Moumdjian.
A celebração realizada no Santuário Nacional significou o ato conclusivo, no Brasil, da celebração dos mártires armênios. Em sua homilia, dom Damasceno definiu esse acontecimento histórico como "trágico" por ceifar a vida de tantas pessoas indefesas.
"Nessa celebraçao queremos recordar com nossos queridos irmãos armênios que vivem no Brasil e representados pelos seus concidadãos, presentes hoje no Santuário Nacional, o centenário do Genocídio Armênio. Esse trágico acontecimento, considerado o primeiro genocídio do século 20, nos anos de 1915 e 1923, perpetrado pelo Império Otomano, resultou na morte de um milhão e meio de vítimas, entre bispos, sacerdotes, religiosos, homens, mulheres, idosos, crianças e doentes indefesos", sublinhou.
O cardeal recordou ainda que a Armênia "foi o primeiro país a adotar o cristianismo como religião de Estado, no ano de 301, depois de Cristo" e que este povo possui "uma grande identificação com a fé cristã".
Com essa identificação, dom Damasceno assinalou que a celebração deste centenário não quis apenas recordar as milhares de vítimas, mas também foi um convite para rezar por suas almas e pedir por aqueles que na atualidade sofrem a perseguição religiosa.
"Não só recordá-los mas, sobretudo, rezar por suas almas e pedir a Deus por intercessão de Nossa Senhora Aparecida e do bispo mártir do genocídio armênio, o beato dom Inácio Maloyan, por aqueles e por aquelas que ainda hoje são por causa de sua fé em Cristo ou da sua pertença étnica, assassinados, decapitados, crucificados, queimados vivos ou então forçados a abandonar suas terras", frisou.
Ouça a homilia completa:
A memória das vítimas do genocídio armênio é lembrada no dia 24 de abril de cada ano.
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