A proximidade do Natal desperta um espírito de consumo, já o verdadeiro espírito do natal fica mais apagado devido ao grande investimento do comércio em propaganda e produtos.
Segundo Ednilson Cunico, assessor técnico da coordenação nacional da Pastoral da Criança o primeiro desafio é conscientizar os pais sobre o consumo e posteriormente às crianças.
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"...no intuito de despertar uma reflexão principalmente para os pais e posteriormente as crianças, é aproveitar essa data comemorativa, para incentivar as crianças a realizarem o desapego de bens materiais".
“Muitos pais desejam satisfazer os sonhos e desejos dos filhos com brinquedos sofisticados e geralmente costumam ter preços elevados. Influenciados pela mídia e propagandas chamativas as crianças aguardam a data mais festiva do ano para receber o “tão” sonhado presente [...] no intuito de despertar uma reflexão principalmente para os pais e posteriormente as crianças, é aproveitar essa data comemorativa, para incentivar as crianças a realizarem o desapego de bens materiais. Estimular a doação de roupas, brinquedos e móveis. Confeccionar brinquedos caseiros ou restaurar brinquedos usados também são uma forma mais tranquila de mostrar que as comemorações não são só a compra de brinquedos e produtos” colocou.
A publicidade de Natal chega a cada ano mais cedo. Os comerciais pensados para atingir as crianças, apesar de serem ilegais, ainda continuam existindo. Como consumidor os pais das crianças podem denunciar ações mercadológicas voltadas para a infância.
De acordo com Desirée Ruas, jornalista, especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade e integrante da Rede Brasileira Infância e Consumo (REBRINC), para desestimular o consumo é necessário um exercício de reflexão.
"Se os adultos tiverem esta atenção e esforço para não transformar o Natal em uma época de consumismo, com certeza, as crianças vão aprender muito com o exemplo dos pais".
“Não podemos assumir dívidas, cair nas armadilhas do mercado, acreditar na mensagem que precisamos participar da cultura do presentear, do gastar... Esse exercício de reflexão sobre o consumo deve ser feito pela família como um todo. Se os adultos tiverem esta atenção e esforço para não transformar o Natal em uma época de consumismo, com certeza, as crianças vão aprender muito com o exemplo dos pais. Não é fácil vencer a pressão do consumismo, mas é possível”, pondera.
Pensando num Natal diferente e nas suas possibilidades a Rebrinc incentiva a cada ano com o projeto ‘Natal das Dádivas’ buscando o renascimento do Natal, especialmente para as crianças estimula a doação de gestos e atitudes.
“Dentro da ideia do ‘Natal das Dádivas’, que as famílias incentivem suas crianças a terem um outro olhar sobre o consumo e sobre que é um presente. Há outros tipos de presentes que podem ser mais inesquecíveis do que bonecas e jogos. Uma sugestão é trocar o Natal virtual pelo Natal real, visitando amigos e parentes e espaços que precisam de ajuda como asilos e creches. Menos tempo em frente às telas e mais tempo em contato com as pessoas e a natureza! Para as crianças que andam sempre conectadas pode ser um desafio e tanto, mas que pode ajudar a mostrar outras formas de lazer e interação. Uma festa de natal coletiva que reúna a vizinhança ou as famílias da escola também pode ser uma novidade. A experiência de fazer algo novo e solidário pode ser o maior presente para as crianças neste Natal”, apontou.
A REBRINC (Rede Brasileira Infância e Consumo) é uma entidade que articula e mobiliza atores envolvidos na causa do combate ao consumismo na infância, aponta como nessa época os pais devem ficar atentos ao estímulo das crianças ao consumo.
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