Para entender a desigualdade que moradores de grandes cidades enfrentam, a rede Nossa São Paulo fez um levantamento com base em dados públicos referentes a 2017, avaliando 53 indicadores de áreas como saúde, educação, cultura e transporte de quem mora na capital paulista.
Um dos exemplos diz respeito a moradores de Cidade Tiradentes, distrito do extremo leste da periferia de São Paulo com relação ao Jardim Paulista, conhecido como região dos Jardins, área nobre da cidade. Américo Sampaio, gestor de projetos e responsável pelo levantamento, traz dados alarmantes.
“No Cidade Tiradentes, em média, as pessoas vivem até os 58 anos, enquanto que, na região dos Jardins, vivem em média até 81 anos. Ou seja, uma diferença de 23 anos de vida. Isso mostra que a cidade de São Paulo, para uma pequena parcela da população, mais rica e majoritariamente branca, tem uma qualidade de vida extremamente alta, ao passo que, ao olhar para as periferias, a dinâmica da cidade confisca anos de vida da população. Mas não é qualquer população; é a mais pobre, que vive nas periferias e é fundamentalmente negra”, afirma.
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