Por Redação A12 Em Brasil

2014 foi um ano devastador para crianças, diz Unicef

Marcado pelo medo, desespero e horror, 2014 foi um ano devastador para milhões de crianças no mundo. A realidade foi denunciada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em relatório divulgado nesta segunda-feira, 8.

Unicef

"Este tem sido um ano devastador para milhões de crianças", disse Anthony Lake, diretor executivo do UNICEF. "Meninas e meninos foram mortos enquanto estudavam em sala de aula e enquanto dormiam em suas camas; ficaram órfãos; foram sequestrados, torturados, recrutados, violentados e até mesmo vendidos como escravos. Nunca, na história recente, tantas crianças foram submetidas a tal indescritível brutalidade."

O relatório alertou ainda que mesmo com esse grave problema, muitas crises já não chamam a atenção do mundo. 

Para o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, o grande número de crises fez com que muitas crianças fossem esquecidas ou não tivessem atenção no noticiário, como aquelas no Afeganistão, República Democrática do Congo, Nigéria, Paquistão, Somália, Sudão e Iêmen.

 

"O mundo pode e deve fazer mais para tornar 2015 um ano muito melhor para cada criança".

Até 15 milhões de crianças foram vítimas de conflitos na República Centro-Africana, Iraque, Sudão do Sul, Síria, Ucrânia e territórios. Em todo o mundo, estima-se que 230 milhões de crianças vivam atualmente em países e áreas afetadas por conflitos armados.

- Na República Centro-Africana, 2,3 milhões de crianças são afetadas pelo conflito. Estima-se que até 10 mil dessas crianças tenham sido recrutadas por grupos armados durante este ano, e mais de 430 crianças foram mortas e mutiladas – três vezes mais do que em 2013.

- Em Gaza, 54 mil crianças perderam suas casas devido ao conflito que durou 50 dias em julho e agosto. Durante o mesmo período, 538 crianças foram mortas e mais de 3.370 ficaram feridas. Na Síria, mais de 7,3 milhões de crianças foram afetadas pelo conflito, incluindo 1,7 milhão de meninas e meninos refugiados. As Nações Unidas verificaram, pelo menos, 35 ataques contra escolas nos primeiros nove meses do ano, em que 105 crianças morreram e cerca de 300 ficaram feridas.

- No Iraque, onde cerca de 2,7 milhões de crianças estão afetadas pelo conflito, pelo menos 700 crianças foram mutiladas, mortas ou até executadas neste ano. Em ambos os países, as crianças têm sido vítimas ou testemunharam ou até mesmo cometeram atos de extrema violência.

- No Sudão do Sul, estima-se que 235 mil crianças menores de 5 anos sofram de desnutrição aguda grave. Cerca de 750 mil crianças foram deslocadas e mais de 320 mil estão refugiadas. De acordo com dados verificados pela ONU, mais de 600 crianças foram mortas e 200 ficaram gravemente feridas neste ano, e aproximadamente 12 mil estão agora sendo usadas por forças e grupos armados.

O diretor disse ainda que esta triste realidade contrasta com a celebração dos 25 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança.

"É tristemente irônico que, no ano em que a Convenção sobre os Direitos da Criança completa seu 25º aniversário, quando celebramos tantos progressos para tantas crianças em todo o mundo, os direitos de tantos outros meninos e meninas tenham sido violados de maneira brutal", afirmou Lake. "A violência e o trauma fazem mais do que prejudicar as crianças individualmente – eles minam a força das sociedades. O mundo pode e deve fazer mais para tornar 2015 um ano muito melhor para cada criança. Cada criança que cresce forte, segura, saudável e educada é uma criança que pode seguir contribuindo para o futuro de si própria, de sua família, de sua comunidade, de sua nação e, de fato, para o nosso futuro comum".

Veja o vídeo, no idioma inglês, preparado pelo UNICEF:  

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